O www. soesporte.com.br república matéria que foi vinculada quando Alexandre Andrey tinha 26 anos e fazia sucesso no bicicross. Ele faleceu neste domingo durante treinamento de motocross esporte que ele passou a praticar ultimamente.
Veja a matéria públicada em 2005
Pentacampeão paraibano de bicicross na categoria “Eliteman” e atual bicampeão nordestino, Alexandre Andrey Azevedo Isidro, 26, justifica seus títulos conquistados por sua paixão pelo esporte, a ponto de sua bicicleta vir num plano superior a amigos, e até mesmo, em alguns casos, à namorada e à família. Mas todos entendem. E entendem tanto que são, sem dúvida, seus maiores incentivadores para que garanta o pódio nas disputas.
“Este é um esporte muito familiar”, brinca ele. “Quando a gente olha para a arquibancada, só vê pai, mãe, irmãos, namorada …”. É assim com todos os competidores. Mas há outros apaixonados que não sejam atletas. O número de pessoas que tem ido para as pistas de bicicross cresce no País e no mundo. E o esporte também. A categoria escolhida por Alexandre Andrey, por exemplo, foi incluída na seleta lista de modalidades esportivas dos Jogos Olímpicos de 2008, que ocorrerão em Pequim, no Japão.
E as chances de Andrey chegar lá são excelentes. O paraibano, hoje em sétimo no ranking nacional, tem consciência de que pode galgar uma melhor posição. A escolha de quem representará o Brasil nas Olimpíadas será, primeiramente, com base na colocação internacional dos pilotos de bicicross, e acontecerá em 2007. Até lá, muitos saltos vão rolar. Se fosse hoje o Brasil teria direito a indicar dois pilotos.
Alexandre Andrey, que seguiu sexta-feira de madrugada, deixando João Pessoa e seguindo de avião, estará participando da etapa de Betim (Minas Gerais) do Campeonato Brasileiro de 2005. São ao todo quatro etapas. A primeira foi em Paulínia, em São Paulo. As próximas serão Betim (MG), João Pessoa e Jaraguá do Sul (SC). Na Capital paraibana, as disputam ocorrerão na pista montada ao lado do Ginásio Ronaldão, no Cristo Redentor.
A equipe que vai representar a Paraíba tem condições de conseguir um bom resultado, garante Andrey. A Paraíba está entre os quatro melhores do País. A gente vem fazendo já Campeonato brasileiro, sediando por dois anos consecutivos, já tivemos campeão brasileiro em 2003.
Agamenon Júnior é o atual vice campeão da categoria dele em 2004, eu fui vice-campeão aqui em João Pessoa. A expectativa é que os atletas paraibanos fiquem entre os primeiros, agente tem grandes chances”, afirma.
A equipe paraibana contará ainda, em Betim (MG), com Sidney Costa, Renato Brasil (cruser), Josivan Fernandes (expert), Sérgio Padilha (categoria 35/39 anos), Ivan Rui (30/34), Carolina Padilha (até 11 anos).
O otimismo de Andrey tem como reflexo na fase de preparação que ele passou, mesmo com as dificuldades encontradas, com a falta de local para treinamento, já que a pista do Ronaldão, pode podia ser utilizadas durante o período de chuvas que caíram na Grande João Pessoa. Mas, ele não desistiu e trabalhou muito a parte de musculação.
“Eu tenho me preparado bastante. Fazendo atividades na academia, e justamente por isso a gente estou indo 10 dias antes para poder fazer um treinamento específico lá na pista já que lá não está chovendo neste período”, disse Andrey acrescentando que a pista de Betim, em Minas Gerais, também tem boas condições como a do Ronaldão, considerada uma das melhores do Brasil.
“A pista onde vamos treinar é muito boa e agente espera que quando chegar lá encontre ela em condições para treinar antes da prova”.
Andrey considera como um dos pontos importantes para seu sucesso no bicicross, o relacionamento com seus colegas de competição. “Dentro da pista é cada um por si, mas fora a amizade é grande, nós fazemos sempre algumas confraternizações com pilotos de todo País. Até porque o bicicross é um esporte muito família”.
O piloto destaca os bons e maus momentos de sua carreira.
“Bons momentos eu vivi aqui na pista em João Pessoa, lá em Sorocaba, São Paulo”. No entanto, ele prefere não lembrar as más lembranças. “Eu tenho lembrança da última etapa aqui em João Pessoa, quando eu cai e fiquei em segundo. Mas os piores momentos são os acidentes, as fraturas. Apesar de que essas coisas fazem parte. O bicicross é um esporte que traz muita satisfação, por isso que os momentos ruins é difícil lembrar, os momentos bons ficam mais guardados”.
Dona Maria Eledite Azevedo, fala com orgulho das participações do filho, Alexandre Andrey. Ela tem acompanhado quase todos os eventos que o filho participa. Mas, não estará em Betim (MG). “Ele vai ficar mais de uma semana lá e as despesas são muitas. Vou esperar as competições próximas de João Pessoa”, disse dona Eledite, afirmando que sempre acompanha Andrey quando ele compete, em João Pessoa, Recife e Natal.
Formado em direito, pela Unipê, Alexandre Andrey, tem toda família ligada ao direito. Seu pai Ismaldo Isidro é advogado o mesmo acontece com sua mãe Maria Eledite. Seu irmão, Bruno Cézar Azevedo, que foi piloto de bicicross é Juiz de Direito.
Desde que começou a praticar o bicicross há quase 20 anos, sempre contou com o apoio dos pais, que patrocinam suas corridas, com deslocamento, hospedagem, equipamentos. Mas, ele faz questão de destacar que há um ano vem sendo patrocinado pela Academia Api e o programa Bolsa Atleta, que têm lhe dado todo apoio. “A Academia Api tem me dado todo suporte para meu treinamento. Também fui beneficiado pelo programa Bolsa-atleta do Governo do Estado”.
Quando Alexandre Andrey tinha cinco anos de idade ganhou sua primeira bicicleta e mão parou mais de pedalar. No início, como acontece com toda criação, era apenas curiosidade, que seu irmão Bruno César (hoje juiz de direito) já competia no bicicross. Ele ainda lembra a dada da primeira competição oficial que disputou. “Claro que sim, 26 de fevereiro de 1989 e fiquei em último lugar”.
“Mas eu comecei a correr par valer aos 9 anos, quando me tornei tri-campeão paraibano, campeão do Nordeste na época. Mas depois que acabaram com a pista que existia em Manaira, nós passamos sete anos sem bicicross praticamente”.
Com isso, Andrey deixou de competir e lamenta que isso aconteceu com outros pilotos de bicicross de João Pessoa “Eu só voltei a em dezembro de 99 na principal categoria e de lá pra cá, Graças a Deus, tenho tido bons resultados.
Fui campeão paraibano 2000,2001 e 2003, em 2002 liderei o ranking, agora em 2005 estou entre os mais bem colocados. Fui bicampeão nordestino, estou entre os oito melhores do Brasil. Agora esse ano, quero brigar mais forte para conseguir ficar entre os três melhores do País”.
O apoio da família é tudo para Andrey. “O primeiro a me apoiar foi meu irmão, mas os meus pais também me ajudaram muito, sempre incentivaram. Eles me ajudam até hoje em tudo que eu preciso. E são eles minha maior torcida, eles estão em todas as competições que podem. E com certeza dão um incentivo a mais na hora das provas”.
Fonte: Soesporte
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