tag:blogger.com,1999:blog-78863656623214664442024-03-13T11:10:42.665-07:00Blog do Bruno Azevedonoticias do universo jurídico e do cotidianoBruno Azevedohttp://www.blogger.com/profile/17031419237830207454noreply@blogger.comBlogger595125tag:blogger.com,1999:blog-7886365662321466444.post-68437187619196657972015-11-20T12:40:00.003-08:002015-11-20T12:44:48.600-08:00Juiz paraibano ministra palestra no Seminário sobre Execução Penal em Fortaleza (CE)<div style="text-align: justify;">
<a href="http://1.bp.blogspot.com/-SVHlJ0Qu0v4/Vk-FCNMTUSI/AAAAAAAAC9A/HScJeGAhEWg/s1600/Foto%2B1.jpeg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="136" src="http://1.bp.blogspot.com/-SVHlJ0Qu0v4/Vk-FCNMTUSI/AAAAAAAAC9A/HScJeGAhEWg/s200/Foto%2B1.jpeg" width="200" /></a><b><span style="font-size: small;"><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Magistrado defende a extinção dos regimes semiaberto e aberto e diz que chips
subcultâneos representam a evolução do monitoramento eletrônico
</span></span></b></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">“Monitoramento Eletrônico de Presos: desafios e experiências” foi o
tema abordado pelo juiz paraibano Bruno Azevedo, no Seminário sobre
Execução Penal, realizado pela Procuradoria Geral de Justiça e pela
Escola Superior do Ministério Público do Ceará. O evento ocorreu na sede
do MPCE, em Fortaleza, nessa quinta-feira (19).</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">O magistrado paraibano defendeu a extinção dos regimes semiaberto e
aberto e que o monitoramento eletrônico de presos deveria avançar,
saindo das tornozeleiras eletrônicas e evoluindo para a inclusão de
chips subcultâneos. Ele é uma das autoridades no país sobre o tema, com
tese de Doutorado na área.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">“Os regimes semiaberto e aberto não são devidamente observados, na
quase totalidade do território brasileiro, ficando ao sabor das
contingências locais em cada comarca, ante a falta de estrutura dos
governos estaduais”, afirmou Bruno Azevedo.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">
</span></div>
<div class="wp-caption alignleft" id="attachment_114954" style="text-align: justify; width: 244px;">
<div class="wp-caption-text">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br /></span></div>
</div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><a class="cboxElement" href="http://www.tjpb.jus.br/wp-content/uploads/2015/11/20.11.2015_Semin--rio-de-Execi----o-Penal-do-MPCE.jpg" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img alt="20.11.2015_Seminário de Execição Penal do MPCE" class="wp-image-119893 colorbox-119891" src="http://www.tjpb.jus.br/wp-content/uploads/2015/11/20.11.2015_Semin--rio-de-Execi----o-Penal-do-MPCE-169x300.jpg" height="200" width="111" /></a>Ainda para o juiz, os chips subcultâneos representam uma evolução do
sistema de monitoramento eletrônico. “São totalmente discretos, difíceis
de retirar pelo próprio monitorado e muito mais eficazes em promover os
resultados esperados, como a segurança da população, economia da medida
e a efetividade no cumprimento das normas penais”, argumentou.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br />
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">O magistrado esclareceu ainda que o monitoramento é fruto do
consentimento do recluso, sendo uma faculdade que ele pode ou não aderir
na fase de execução de sua pena, sem prejuízo dos direitos
fundamentais.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">O evento também contou com a participação dos promotores de Justiça,
Flávia Soares Unneberg, Camila Gomes Barbosa e Wander de Almeida Timbó,
integrantes do Ministério Público cearense, e do promotor de Justiça
aposentado do Paraná, Maurício Kuehne, ex-diretor geral do Departamento
Penitenciário Nacional – DEPEN, do Ministério da Justiça.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Fonte: TJPB </span></div>
Bruno Azevedohttp://www.blogger.com/profile/17031419237830207454noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-7886365662321466444.post-80049689968098226942015-11-18T20:20:00.000-08:002015-11-19T00:43:46.488-08:00MPCE e ESMP Promovem Seminário de Execução Penal<br />
<div 0="" b="" style="-webkit-text-size-adjust: auto; font-family: Verdana, Arial, Helvetica, sans-serif; list-style: none; text-align: justify;">
<a href="https://lh4.googleusercontent.com/proxy/NhRPVNG4kzdp11NkT-lciPPi9zZ9xBV_0EDB5XJ62EbqP77iVjNpcLobOj9vln-iwUB2P_zFqEmPmIczxYkimItxqJWFNi8NGCybU9_4" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img align="left" alt="prisao5.jpg" border="0" src="http://www.mpce.mp.br/servicos/asscom/arquivos/prisao5.jpg" height="100" style="-webkit-text-size-adjust: auto; font-family: Verdana, Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 11px; list-style: none; padding: 0px 10px 5px 0px; text-align: justify;" width="160" /></a><b>Evento importante</b></div>
<div style="-webkit-text-size-adjust: auto; font-family: Verdana, Arial, Helvetica, sans-serif; list-style: none; text-align: justify;">
O Ministério Público do Estado do Ceará (MPCE) e a Escola Superior do Ministério Público (ESMP) estão com inscrições abertas para o “Seminário de Execução Penal”, que será realizado no próximo dia 19, das 8h às 17h, no auditório da Procuradoria Geral de Justiça (Rua Assunção, 1.100, José Bonifácio). O encontro é voltado para membros e servidores do MPCE.<br />
<br /></div>
<div style="-webkit-text-size-adjust: auto; font-family: Verdana, Arial, Helvetica, sans-serif; list-style: none; text-align: justify;">
A palestra de abertura será ministrada pelo promotor de Justiça aposentado do MPPR, professor Maurício Kuehne. Ex-diretor do Departamento Penitenciário Nacional (DEPEN/MJ), ele vai falar sobre o tema “Falta Grave, Procedimento Administrativo Disciplinar, Detração e Cálculo das Penas na Execução Penal: Questões Controversas”. O encontro segue com palestra dos promotores de Justiça do MPCE, Flávia Unneberg, Camila Barbosa, e Wander Timbó, que vão falar sobre “O Sistema Penitenciário Cearense e o Conselho Penitenciário do Estado do Ceará: Realidade e Perspectivas”.<br />
<br /></div>
<div style="-webkit-text-size-adjust: auto; font-family: Verdana, Arial, Helvetica, sans-serif; list-style: none; text-align: justify;">
No período da tarde, o juiz de Direito do Estado da Paraíba, professor doutor Bruno Azevedo vai ministrar palestra com o tema “O Monitoramento Eletrônico do Preso: Desafios e Experiências”. Além disso, a defensora pública e assessora especial do Sistema Penitenciário da Secretaria de Justiça do Estado do Ceará (Sejus), Aline Miranda, e o coordenador do Sistema Penitenciário Estadual (Cosipe), Wanderson Teixeira de Souza, farão apresentação das atividades desenvolvidas pela Cosipe.<br />
<br /></div>
<div style="-webkit-text-size-adjust: auto; font-family: Verdana, Arial, Helvetica, sans-serif; list-style: none; text-align: justify;">
As inscrições para o evento podem ser feitas através do endereço eletrônico da ESMP (www.mpce.mp.br/esmp). Mais informações nos telefones <a href="tel:(85)%203452-4522" style="list-style: none;">(85) 3452-4522</a>, <a href="tel:3452-4521" style="list-style: none;">3452-4521</a>.<br />
<br /></div>
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="font-size: small;">Por: Assessoria de Imprensa</span></span><br />
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="font-size: small;">Fonte: MPCE</span></span>
<!-- Blogger automated replacement: "https://lh4.googleusercontent.com/proxy/NhRPVNG4kzdp11NkT-lciPPi9zZ9xBV_0EDB5XJ62EbqP77iVjNpcLobOj9vln-iwUB2P_zFqEmPmIczxYkimItxqJWFNi8NGCybU9_4" with "https://lh4.googleusercontent.com/proxy/NhRPVNG4kzdp11NkT-lciPPi9zZ9xBV_0EDB5XJ62EbqP77iVjNpcLobOj9vln-iwUB2P_zFqEmPmIczxYkimItxqJWFNi8NGCybU9_4" --><!-- Blogger automated replacement: "https://images-blogger-opensocial.googleusercontent.com/gadgets/proxy?url=http%3A%2F%2Fwww.mpce.mp.br%2Fservicos%2Fasscom%2Farquivos%2Fprisao5.jpg&container=blogger&gadget=a&rewriteMime=image%2F*" with "https://lh4.googleusercontent.com/proxy/NhRPVNG4kzdp11NkT-lciPPi9zZ9xBV_0EDB5XJ62EbqP77iVjNpcLobOj9vln-iwUB2P_zFqEmPmIczxYkimItxqJWFNi8NGCybU9_4" -->Bruno Azevedohttp://www.blogger.com/profile/17031419237830207454noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7886365662321466444.post-69113016226569820172015-10-18T19:39:00.000-07:002015-10-18T19:42:09.042-07:00<b><span style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;">Evento imperdível</span></b><br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://4.bp.blogspot.com/-P-xmNSNs-N4/ViRWO3Gp2fI/AAAAAAAAC8s/LZqTI-vw_6c/s1600/LONDRINA%2B2.png" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="510" src="http://4.bp.blogspot.com/-P-xmNSNs-N4/ViRWO3Gp2fI/AAAAAAAAC8s/LZqTI-vw_6c/s640/LONDRINA%2B2.png" width="464" /></a></div>
Bruno Azevedohttp://www.blogger.com/profile/17031419237830207454noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7886365662321466444.post-56993251103625432962015-09-11T13:14:00.002-07:002015-09-11T13:59:54.683-07:00Cinco lições sobre a vida e o Direito<span style="font-family: Verdana; font-size: x-small;"><span style="font-family: Verdana; font-size: x-small;"><span style="font-family: Verdana; font-size: x-small;"><span style="font-family: Verdana;"><span style="font-family: Verdana;"><span style="font-family: Verdana;">
</span></span></span></span></span></span>
<br />
<div align="justify">
<span style="font-family: Verdana; font-size: small;"><span style="font-family: Verdana;"><span style="font-family: Verdana;"><span style="font-family: Verdana;"><span style="font-family: Verdana;"><span style="font-family: Verdana;">"<b>Manual de instruções</b>" </span></span></span></span></span></span></div>
<div align="justify">
<span style="font-family: Verdana; font-size: small;"><span style="font-family: Verdana;"><span style="font-family: Verdana;"><span style="font-family: Verdana;"><span style="font-family: Verdana;"><span style="font-family: Verdana;"><a href="http://www.globalframe.com.br/gf_base/empresas/MIGA/imagens/4B90583A3CACD2C5A4E447EC8F1AACDF8D2C_barroso2.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img align="right" border="0" src="http://www.globalframe.com.br/gf_base/empresas/MIGA/imagens/4B90583A3CACD2C5A4E447EC8F1AACDF8D2C_barroso2.jpg" height="170" width="145" /></a>Patron<span style="font-family: Arial;">o da turma de 2014 da faculdade de Direito da UERJ - Universidade do Estado do Rio de Janeiro, o ministro <b>Luís Roberto Barroso</b>, do STF, proferiu emocionante discurso com reflexões essenciais relacionadas à vida e ao Direito. <br /><br /><span style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;">Confira a íntegra do texto.</span></span><span style="font-family: Arial;">__________</span></span></span></span></span></span></span></div>
<blockquote>
<div align="center">
<span style="font-family: Verdana; font-size: small;"><span style="font-family: Verdana;"><span style="font-family: Verdana;"><span style="font-family: Verdana;"><span style="font-family: Arial;"><b>A vida e o Direito: breve manual de instruções</b></span></span></span></span></span></div>
</blockquote>
<blockquote>
<span style="font-family: Verdana; font-size: small;"><span style="font-family: Verdana;"><span style="font-family: Verdana;"><span style="font-family: Verdana;">
</span></span></span></span>
<br />
<div align="justify">
<span style="font-family: Verdana; font-size: small;"><span style="font-family: Verdana;"><span style="font-family: Verdana;"><span style="font-family: Verdana;"><span style="font-family: Arial;"><b>I. Introdução</b></span></span></span></span></span></div>
</blockquote>
<blockquote>
<div align="justify">
<span style="font-family: Verdana; font-size: small;"><span style="font-family: Verdana;"><span style="font-family: Verdana;"><span style="font-family: Verdana;"><span style="font-family: Arial;">Eu
poderia gastar um longo tempo descrevendo todos os sentimentos bons que
vieram ao meu espírito ao ser escolhido patrono de uma turma
extraordinária como a de vocês. Mas nós somos – vocês e eu – militantes
da revolução da brevidade. Acreditamos na utopia de que em algum lugar
do futuro juristas falarão menos, escreverão menos e não serão tão
apaixonados pela própria voz.</span><span style="font-family: Arial;">Por
isso, em lugar de muitas palavras, basta que vejam o brilho dos meus
olhos e sintam a emoção genuína da minha voz. E ninguém terá dúvida da
felicidade imensa que me proporcionaram. Celebramos esta noite, nessa
despedida provisória, o pacto que unirá nossas vidas para sempre, selado
pelos valores que compartilhamos.</span><span style="font-family: Arial;">É
lugar comum dizer-se que a vida vem sem manual de instruções. Porém,
não resisti à tentação – mais que isso, à ilimitada pretensão – de sanar
essa omissão. Relevem a insensatez. Ela é fruto do meu afeto. Por
certo, ninguém vive a vida dos outros. Cada um descobre, ao longo do
caminho, as suas próprias verdades. Vai aqui, ainda assim, no curto
espaço de tempo que me impus, um guia breve com ideias essenciais
ligadas à vida e ao Direito.</span></span></span></span></span></div>
</blockquote>
<br />
<blockquote>
<div align="justify">
<span style="font-family: Verdana; font-size: small;"><span style="font-family: Verdana;"><span style="font-family: Verdana;"><span style="font-family: Verdana;"><span style="font-family: Arial;"><b>II. A regra nº 1</b></span></span></span></span></span></div>
</blockquote>
<blockquote>
<div align="justify">
<span style="font-family: Verdana; font-size: small;"><span style="font-family: Verdana;"><span style="font-family: Verdana;"><span style="font-family: Verdana;"><span style="font-family: Arial;">No
nosso primeiro dia de aula eu lhes narrei o multicitado "caso do
arremesso de anão". Como se lembrarão, em uma localidade próxima a
Paris, uma casa noturna realizava um evento, um torneio no qual os
participantes procuravam atirar um anão, um deficiente físico de baixa
altura, à maior distância possível. O vencedor levava o grande prêmio da
noite. Compreensivelmente horrorizado com a prática, o Prefeito
Municipal interditou a atividade.<br /><br />Após recursos, idas e vindas, o
Conselho de Estado francês confirmou a proibição. Na ocasião,
dizia-lhes eu, o Conselho afirmou que se aquele pobre homem abria mão de
sua dignidade humana, deixando-se arremessar como se fora um objeto e
não um sujeito de direitos, cabia ao Estado intervir para restabelecer a
sua dignidade perdida. Em meio ao assentimento geral, eu observava que a
história não havia terminado ainda.</span><span style="font-family: Arial;">E
em seguida, contava que o anão recorrera em todas as instâncias
possíveis, chegando até mesmo à Comissão de Direitos Humanos da ONU,
procurando reverter a proibição. Sustentava ele que não se sentia – o
trocadilho é inevitável – diminuído com aquela prática. Pelo contrário.</span><span style="font-family: Arial;">Pela
primeira vez em toda a sua vida ele se sentia realizado. Tinha um
emprego, amigos, ganhava salário e gorjetas, e nunca fora tão feliz. A
decisão do Conselho o obrigava a voltar para o mundo onde vivia
esquecido e invisível.</span><span style="font-family: Arial;">Após eu
narrar a segunda parte da história, todos nos sentíamos divididos em
relação a qual seria a solução correta. E ali, naquele primeiro
encontro, nós estabelecemos que para quem escolhia viver no mundo do
Direito esta era a regra nº 1: nunca forme uma opinião sem antes ouvir
os dois lados.</span></span></span></span></span></div>
</blockquote>
<br />
<blockquote>
<div align="justify">
<span style="font-family: Verdana; font-size: small;"><span style="font-family: Verdana;"><span style="font-family: Verdana;"><span style="font-family: Verdana;"><span style="font-family: Arial;"><b>III. A regra nº 2</b></span></span></span></span></span></div>
</blockquote>
<blockquote>
<div align="justify">
<span style="font-family: Verdana; font-size: small;"><span style="font-family: Verdana;"><span style="font-family: Verdana;"><span style="font-family: Verdana;"><span style="font-family: Arial;">Nós
vivemos em um mundo complexo e plural. Como bem ilustra o nosso exemplo
anterior, cada um é feliz à sua maneira. A vida pode ser vista de
múltiplos pontos de observação. Narro-lhes uma história que li
recentemente e que considero uma boa alegoria. Dois amigos estão
sentados em um bar no Alaska, tomando uma cerveja. Começam, como
previsível, conversando sobre mulheres. Depois falam de esportes
diversos. E na medida em que a cerveja acumulava, passam a falar sobre
religião. Um deles é ateu. O outro é um homem religioso. Passam a
discutir sobre a existência de Deus. O ateu fala: "Não é que eu nunca
tenha tentado acreditar, não. Eu tentei. Ainda recentemente. Eu havia me
perdido em uma tempestade de neve em um lugar ermo, comecei a congelar,
percebi que ia morrer ali. Aí, me ajoelhei no chão e disse, bem alto:
Deus, se você existe, me tire dessa situação, salve a minha vida".
Diante de tal depoimento, o religioso disse: “Bom, mas você foi salvo,
você está aqui, deveria ter passado a acreditar". E o ateu responde:
"Nada disso! Deus não deu nem sinal. A sorte que eu tive é que vinha
passando um casal de esquimós. Eles me resgataram, me aqueceram e me
mostraram o caminho de volta. É a eles que eu devo a minha vida".
Note-se que não há aqui qualquer dúvida quanto aos fatos, apenas sobre
como interpretá-los.</span><span style="font-family: Arial;">Quem está
certo? Onde está a verdade? Na frase feliz da escritora Anais Nin, “nós
não vemos as coisas como elas são, nós as vemos como nós somos”. Para
viver uma vida boa, uma vida completa, cada um deve procurar o bem, o
correto e o justo. Mas sem presunção ou arrogância. Sem desconsiderar o
outro. <br /><br />Aqui a nossa regra nº 2: a verdade não tem dono.</span></span></span></span></span></div>
</blockquote>
<br />
<blockquote>
<div align="justify">
<span style="font-family: Verdana; font-size: small;"><span style="font-family: Verdana;"><span style="font-family: Verdana;"><span style="font-family: Verdana;"><span style="font-family: Arial;"><b>IV. A regra nº 3</b></span></span></span></span></span></div>
</blockquote>
<blockquote>
<div align="justify">
<span style="font-family: Verdana; font-size: small;"><span style="font-family: Verdana;"><span style="font-family: Verdana;"><span style="font-family: Verdana;"><span style="font-family: Arial;">Uma
vez, um sultão poderoso sonhou que havia perdido todos os dentes.
Intrigado, mandou chamar um sábio que o ajudasse a interpretar o sonho. O
sábio fez um ar sombrio e exclamou: "Uma desgraça, Majestade. Os dentes
perdidos significam que Vossa Alteza irá assistir a morte de todos os
seus parentes". Extremamente contrariado, o Sultão mandou aplicar cem
chibatadas no sábio agourento. Em seguida, mandou chamar outro sábio.
Este, ao ouvir o sonho, falou com voz excitada: "Vejo uma grande
felicidade, Majestade. Vossa Alteza irá viver mais do que todos os seus
parentes". Exultante com a revelação, o Sultão mandou pagar ao sábio cem
moedas de ouro. Um cortesão que assistira a ambas as cenas vira-se para
o segundo sábio e lhe diz: "Não consigo entender. Sua resposta foi
exatamente igual à do primeiro sábio. O outro foi castigado e você foi
premiado". Ao que o segundo sábio respondeu: "a diferença não está no
que eu falei, mas em como falei".</span><span style="font-family: Arial;">Pois
assim é. Na vida, não basta ter razão: é preciso saber levar. É
possível embrulhar os nossos pontos de vista em papel áspero e com
espinhos, revelando indiferença aos sentimentos alheios. Mas, sem
qualquer sacrifício do seu conteúdo, é possível, também, embalá-los em
papel suave, que revele consideração pelo outro. <br /><br />Esta a nossa regra nº 3: o modo como se fala faz toda a diferença.</span></span></span></span></span></div>
</blockquote>
<blockquote>
<div align="justify">
<span style="font-family: Verdana; font-size: small;"><span style="font-family: Verdana;"><span style="font-family: Verdana;"><span style="font-family: Verdana;"><span style="font-family: Arial;"></span><span style="font-family: Arial;"><b>V. A regra nº 4</b></span></span></span></span></span></div>
</blockquote>
<blockquote>
<div align="justify">
<span style="font-family: Verdana; font-size: small;"><span style="font-family: Verdana;"><span style="font-family: Verdana;"><span style="font-family: Verdana;"><span style="font-family: Arial;">Nós
vivemos tempos difíceis. É impossível esconder a sensação de que há
espaços na vida brasileira em que o mal venceu. Domínios em que não
parecem fazer sentido noções como patriotismo, idealismo ou respeito ao
próximo. Mas a história da humanidade demonstra o contrário. O processo
civilizatório segue o seu curso como um rio subterrâneo, impulsionado
pela energia positiva que vem desde o início dos tempos. Uma história
que nos trouxe de um mundo primitivo de aspereza e brutalidade à era dos
direitos humanos. É o bem que vence no final. Se não acabou bem, é
porque não chegou ao fim. O fato de acontecerem tantas coisas tristes e
erradas não nos dispensa de procurarmos agir com integridade e correção.
Estes não são valores instrumentais, mas fins em si mesmos. São
requisitos para uma vida boa. Portanto, independentemente do que estiver
acontecendo à sua volta, faça o melhor papel que puder. A virtude não
precisa de plateia, de aplauso ou de reconhecimento. A virtude é a sua
própria recompensa.<b> </b></span><span style="font-family: Arial;">Eis a nossa regra nº 4: seja bom e correto mesmo quando ninguém estiver olhando.</span></span></span></span></span></div>
</blockquote>
<br />
<blockquote>
<div align="justify">
<span style="font-family: Verdana; font-size: small;"><span style="font-family: Verdana;"><span style="font-family: Verdana;"><span style="font-family: Verdana;"><span style="font-family: Arial;"><b>VI. A regra nº 5</b></span></span></span></span></span></div>
</blockquote>
<blockquote>
<div align="justify">
<span style="font-family: Verdana; font-size: small;"><span style="font-family: Verdana;"><span style="font-family: Verdana;"><span style="font-family: Verdana;"><span style="font-family: Arial;">Em
uma de suas fábulas, Esopo conta a história de um galo que após intensa
disputa derrotou o oponente, tornando-se o rei do galinheiro. O galo
vencido, dignamente, preparou-se para deixar o terreiro. O vencedor,
vaidoso, subiu ao ponto mais alto do telhado e pôs-se a cantar aos
ventos a sua vitória. Chamou a atenção de uma águia, que arrebatou-o em
vôo rasante, pondo fim ao seu triunfo e à sua vida. E, assim, o galo
aparentemente vencido reinou discretamente, por muito tempo. A moral
dessa história, como próprio das fábulas, é bem simples: devemos ser
altivos na derrota e humildes na vitória. Humildade não significa pedir
licença para viver a própria vida, mas tão-somente abster-se de se
exibir e de ostentar. Ao lado da humildade, há outra virtude que eleva o
espírito e traz felicidade: é a gratidão. Mas atenção, a gratidão é
presa fácil do tempo: tem memória curta (Benjamin Constant) e envelhece
depressa (Aristóteles). Portanto, nessa matéria, sejam rápidos no
gatilho. Agradecer, de coração, enriquece quem oferece e quem recebe.</span><span style="font-family: Arial;">Em
quase todos os meus discursos de formatura, desde que a vida começou a
me oferecer este presente, eu incluo a passagem que se segue, e que é
pertinente aqui. "As coisas não caem do céu. É preciso ir buscá-las.
Correr atrás, mergulhar fundo, voar alto. Muitas vezes, será necessário
voltar ao ponto de partida e começar tudo de novo. As coisas, eu repito,
não caem do céu. Mas quando, após haverem empenhado cérebro, nervos e
coração, chegarem à vitória final, saboreiem o sucesso gota a gota. Sem
medo, sem culpa e em paz. É uma delícia. Sem esquecer, no entanto, que
ninguém é bom demais. Que ninguém é bom sozinho. E que, no fundo no
fundo, por paradoxal que pareça, as coisas caem mesmo é do céu, e é
preciso agradecer".</span><span style="font-family: Arial;">Esta a nossa regra nº 5: ninguém é bom demais, ninguém é bom sozinho e é preciso agradecer.</span></span></span></span></span></div>
</blockquote>
<br />
<blockquote>
<div align="justify">
<span style="font-family: Verdana; font-size: small;"><span style="font-family: Verdana;"><span style="font-family: Verdana;"><span style="font-family: Verdana;"><span style="font-family: Arial;"><b>VII. Conclusão</b></span></span></span></span></span></div>
</blockquote>
<blockquote>
<div align="justify">
<span style="font-family: Verdana; font-size: small;"><span style="font-family: Verdana;"><span style="font-family: Verdana;"><span style="font-family: Verdana;"><span style="font-family: Arial;">Eis então as cláusulas do nosso pacto, nosso pequeno manual de instruções:</span></span></span></span></span></div>
<blockquote>
<div align="justify">
<span style="font-family: Verdana; font-size: small;"><span style="font-family: Verdana;"><span style="font-family: Verdana;"><span style="font-family: Verdana;"><span style="font-family: Arial;"><b><u>1</u></b>. Nunca forme uma opinião sem ouvir os dois lados;</span></span></span></span></span></div>
<span style="font-family: Verdana; font-size: small;"><span style="font-family: Verdana;">
</span>
</span><br />
<div align="justify">
<span style="font-family: Verdana; font-size: small;"><span style="font-family: Verdana;"><span style="font-family: Verdana;"><span style="font-family: Verdana;"><span style="font-family: Arial;"><b><u>2</u></b>. A verdade não tem dono;</span></span></span></span></span></div>
<span style="font-family: Verdana; font-size: small;"><span style="font-family: Verdana;">
</span>
</span><br />
<div align="justify">
<span style="font-family: Verdana; font-size: small;"><span style="font-family: Verdana;"><span style="font-family: Verdana;"><span style="font-family: Verdana;"><span style="font-family: Arial;"><b><u>3</u></b>. O modo como se fala faz toda a diferença;</span></span></span></span></span></div>
<span style="font-family: Verdana; font-size: small;"><span style="font-family: Verdana;">
</span></span>
<br />
<div align="justify">
<span style="font-family: Verdana; font-size: small;"><span style="font-family: Verdana;"><span style="font-family: Verdana;"><span style="font-family: Verdana;"><span style="font-family: Arial;"><b><u>4</u></b>. Seja bom e correto mesmo quando ninguém estiver olhando;</span></span></span></span></span></div>
<div align="justify">
<span style="font-family: Verdana; font-size: small;"><span style="font-family: Verdana;"><span style="font-family: Verdana;"><span style="font-family: Verdana;"><span style="font-family: Arial;"><b><u>5</u></b>. Ninguém é bom demais, ninguém é bom sozinho e é preciso agradecer.</span></span></span></span></span></div>
<span style="font-family: Verdana; font-size: small;">
</span></blockquote>
<span style="font-family: Verdana; font-size: small;">
</span>
<br />
<div align="justify">
<span style="font-family: Verdana; font-size: small;"><span style="font-family: Verdana;"><span style="font-family: Verdana;"><span style="font-family: Arial;">Aqui
nos despedimos. Quando meu filho caçula tinha 15 anos e foi passar um
semestre em um colégio interno fora, como parte do seu aprendizado de
vida, eu dei a ele alguns conselhos. Pai gosta de dar conselho. E como
vocês são meus filhos espirituais, peço licença aos pais de vocês para
repassá-los textualmente, a cada um, com toda a energia positiva do meu
afeto:</span></span></span></span></div>
<span style="font-family: Verdana; font-size: small;">
</span>
<br />
<blockquote>
<div align="justify">
<span style="font-family: Verdana; font-size: small;"><span style="font-family: Verdana;"><span style="font-family: Verdana;"><span style="font-family: Arial;">(i) Fique vivo;</span></span></span></span></div>
<div align="justify">
<span style="font-family: Verdana; font-size: small;"><span style="font-family: Verdana;"><span style="font-family: Verdana;"><span style="font-family: Arial;">(ii) Fique inteiro;</span></span></span></span></div>
<div align="justify">
<span style="font-family: Verdana; font-size: small;"><span style="font-family: Verdana;"><span style="font-family: Verdana;"><span style="font-family: Arial;">(iii) Seja bom-caráter;</span></span></span></span></div>
<div align="justify">
<span style="font-family: Verdana; font-size: small;"><span style="font-family: Verdana;"><span style="font-family: Verdana;"><span style="font-family: Arial;">(iv) Seja educado; e</span></span></span></span></div>
<div align="justify">
<span style="font-family: Verdana; font-size: small;"><span style="font-family: Verdana;"><span style="font-family: Verdana;"><span style="font-family: Arial;">(v) Aproveite a vida, com alegria e leveza.</span></span></span></span></div>
</blockquote>
<span style="font-family: Verdana; font-size: small;">
</span>
<br />
<div align="justify">
<span style="font-family: Verdana; font-size: small;"><span style="font-family: Verdana;"><span style="font-family: Verdana;"><span style="font-family: Arial;">Vão
em paz. Sejam abençoados. Façam o mundo melhor. E lembrem-se da
advertência inspirada de Disraeli: "A vida é muito curta para ser
pequena".</span></span></span></span></div>
<span style="font-family: Verdana; font-size: small;">
</span></blockquote>
<span style="font-family: Verdana; font-size: small;">
Por Luís Roberto Barroso, Professor da Graduação e Pós-Graduação da UERJ, constitucionalista consagrado, autor de diversas obras e Min do Supremo Tribunal Federal - STF<br />
Fonte: Mgalhas </span>Bruno Azevedohttp://www.blogger.com/profile/17031419237830207454noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7886365662321466444.post-78396306693582080122015-08-29T04:48:00.000-07:002015-08-29T05:06:04.603-07:00Juiz que criou a Tornozeleira Eletrônica no Brasil defende tese de Doutorado no Rio de Janeiro<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://4.bp.blogspot.com/-mEZLqMtpRRU/VeGfeGmmPRI/AAAAAAAAC7o/6Yy-2Cd83ys/s1600/DOCTOR.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="150" src="http://4.bp.blogspot.com/-mEZLqMtpRRU/VeGfeGmmPRI/AAAAAAAAC7o/6Yy-2Cd83ys/s200/DOCTOR.jpg" width="150" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;">Defesa da extinção do atual formato dos regimes semiaberto e aberto</span></b></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;">
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;">O juiz Bruno Azevedo, titular da Vara de Sucessões na Comarca de
Campina Grande e diretor-adjunto do Núcleo de Conciliação do Tribunal de
Justiça da Paraíba, defendeu na manhã desta sexta-feira (28/08) sua
Tese de Doutorado, no curso de Direito perante a Universidade do Estado
do Rio de Janeiro – UERJ, sobre a tornozeleira eletrônica para presos,
com o título “O Monitoramento Eletrônico de Presos e a Paz Social no
Contexto Urbano”, nova política de contenção da modernidade a partir da
visão da Microfísica do Poder e da Sociedade de Controle. A tese do
magistrado paraibano foi aprovada com louvor e distinção, sendo indicada
para publicação.</span><br />
<br />
</div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;">
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;">Na ocasião, foi orientador do juiz Bruno Azevedo, o Pós-doutor Carlos
Eduardo Adriano Japiassú, professor da UERJ e UFRJ, e que por dois
períodos integrou o Conselho Nacional de Política Criminal e
Penitenciária – CNPCP. Em livro editado pelo Ministério da Justiça no
ano de 2010, o doutor Carlos Eduardo citou o pioneirismo do magistrado
paraibano no monitoramento eletrônico de presos no País, com o trabalho
desenvolvido no ano de 2007, na comarca de Guarabira.</span><br />
<br />
</div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;">
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;">Na Tese, o Juiz Bruno Azevedo defendeu a abolição dos atuais formatos
dos regimes semiaberto e aberto, argumentado que deveria existir apenas
o regime fechado, com a privação da liberdade em ambiente fechado, e
que os demais estágios de cumprimento, o semiaberto e o aberto, deveriam
existir apenas com o monitoramento eletrônico, através da tornozeleira
eletrônica, por ser medida que traria ao juízo das Execuções Penais a
certeza da efetividade das determinações e restrições impostas. “Além de
ser hipótese de maior economia para o Estado e segurança para a
sociedade”, ressaltou Bruno Azevedo.</span><br />
<br />
</div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;">
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;">De acordo com o magistrado, na forma como executado os referidos
regimes de cumprimento de pena, em 95% dos casos são executados de forma
a desrespeitar os termos da Lei, quer seja o Código Penal ou a Lei de
Execução Penal, que prevê para tais estágios de pena, o cumprimento em
Colônia Agrícola, Industrial ou Similar, para o regime semiaberto, e em
Casa de Albergado, para o aberto. Porém, como via de regra não existem
tais estruturas, o Estado descumpre a lei, dando um “jeitinho”,
possibilitando que os condenados passem a cumprir a pena praticamente
livres durante o dia, e se recolhendo apenas no período noturno.
Concorrendo, e muito, para o aumento dos índices de criminalidade no
espaço urbano, já que sem alternativas e sem ressocialização, tornam-se
presas fáceis para o crime organizado, conforme aponta o juiz-doutor.</span><br />
<br />
</div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;">
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;">Na ocasião, citou os números de João Pessoa e Campina Grande, onde em
média, 400 e 300 presos, respectivamente, passam o dia nas ruas das
cidades, sem fiscalização e acompanhamento algum, retornando às 19h para
dormirem em alguma unidade improvisada para o pernoite, sendo liberados
no dia seguinte a partir das 6h da manhã.</span><br />
<br />
</div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;">
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;">O magistrado paraibano tem notório conhecimento com o tema, já o
tendo apresentado por três oportunidades perante o Congresso Nacional, e
apresentado projeto perante a Comissão de Reforma do Código de Processo
Penal, sugerindo a adoção de uma reformulação do conceito de prisão
domiciliar e a adoção do monitoramento eletrônico de presos, como
alternativa e hipótese de pena.</span><br />
<br />
</div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;">
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;">Há de se registrar a atualidade do tema, pois o Brasil atualmente é a
quarta maior população carcerária do mundo, com mais de 600 mil presos,
atrás apenas dos EUA, China e Rússia. Levando-se em conta os cerca de
140 mil reclusos em prisão domiciliar, o Brasil supera a Rússia.</span><br />
<br />
</div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;">
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;">Participaram da banca de defesa da Tese, além do orientador, Profº
Drº Carlos Japiassú, o Prof. Dr. Artur de Brito Gueiros, Professor da
UERJ, e Procurador Regional da República, a Profª Drª Cíntia Menescal,
da UNI-RIO, e Defensora Pública na Capital do Rio de Janeiro, O Profº
Drº Daniel Raizmann, da Universidade Federal Fluminense – UFF, e
Advogado criminalista, e o Profº Drº Rodrigo Costa, da Universidade do Estado do Rio de Janeiro - UERJ, e Advogado criminalista. </span><br />
<br />
</div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;">
</span></div>
<span style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;">O juiz Bruno Azevedo é professor da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB) e do IESP.</span><br />
<br />
<span style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;">Fonte: TJPB</span><b> </b>Bruno Azevedohttp://www.blogger.com/profile/17031419237830207454noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7886365662321466444.post-54241483333453294052015-08-21T06:19:00.002-07:002015-08-21T06:23:10.876-07:00Professor Vicente Barretto fala sobre ‘Direitos Humanos e Punição’ na Esma<div class="entry-content clearfix">
<div class="wp-caption alignleft" id="attachment_116531" style="width: 310px;">
<div class="wp-caption-text">
</div>
</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a class="cboxElement" href="http://www.tjpb.jus.br/wp-content/uploads/2015/08/20150820_194901.jpg" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img alt="20150820_194901" class="wp-image-116531 size-medium colorbox-116530" src="http://www.tjpb.jus.br/wp-content/uploads/2015/08/20150820_194901-300x225.jpg" height="130" width="170" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><b>Professor da UERJ</b> </span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;">Dentro da programação do projeto ‘Café com Lei’ foi realizada, na
noite desta quinta-feira (20), a palestra sobre “Direitos Humanos e
Punição”. A conferência do professor Vicente de Paulo Barretto, da
Universidade Estadual do Rio de Janeiro, ocorreu no auditório da Escola
Superior da Magistratura (Esma), na Capital.</span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;">
</span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;">O juiz Bruno Azevedo, diretor adjunto do Núcleo de Conciliação do
Tribunal de Justiça da Paraíba, fez a saudação ao ministrante. Esta é a
segunda palestra do projeto, que é uma iniciativa da instituição
Acadêmica e tem o intuito de manter a sociedade informada sobre os
assuntos que estão mais em pauta na área do Direito no país.</span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;">
</span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;">Na conferência, o professor ressaltou que os direitos humanos têm uma
dupla face, como todas as categorias jurídicas. “Ele assegura direitos e
impõe deveres para a sociedade, o Estado e os cidadãos”, disse o
docente.</span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;">
</span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;">Vicente Barreto afirmou, ainda, que a crise no sistema penitenciário
do país é consequência de uma falta, na cultura cívica brasileira, de
uma compreensão exata do que se deve entender por punição no estado
democrático de direito.</span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;">
</span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;">Já em relação às críticas da sociedade de que os movimentos de
Direitos Humanos só defendem bandidos, Vicente Barreto assegurou que
esta é uma afirmação equivocada.</span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;">
</span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;">“Trata-se de uma interpretação falsa, a meu ver, que deriva de
considerar os direitos humanos como frágeis e impotentes diante da
violência, do crime e das violações dos direitos individuais”,
asseverou.</span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;">
</span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;">Quanto à Convenção Americana de Direitos Humanos, em 1969 (também
chamada de Pacto de San José da Costa Rica), o professor assegurou que o
Brasil não vem conseguindo cumprir o acordo.</span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;">
</span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;">Participaram da palestra os alunos do Curso de Preparação à
Magistratura da Esma, estudantes de Direito de outras instituições de
ensino, bem como operadores do Direito interessados em Direitos Humanos e
da área criminal.</span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;">
</span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><b>Pacto</b> – Esta Convenção consagra diversos direitos civis e políticos,
entre outros: o direito ao reconhecimento da personalidade jurídica, à
vida, à integridade pessoal, à liberdade pessoal e garantias judiciais, à
proteção da honra e reconhecimento à dignidade, à liberdade religiosa e
de consciência, à liberdade de pensamento e de expressão, e o direito
de livre associação.</span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;">
</span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;">Por Marcus Vinícius</span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;">Fonte: TJPB </span></span></div>
</div>
Bruno Azevedohttp://www.blogger.com/profile/17031419237830207454noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7886365662321466444.post-3859053142451073452014-12-17T16:59:00.000-08:002014-12-17T16:59:02.772-08:00A verdade real na jurisprudência do STJ<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://3.bp.blogspot.com/-0r8OafwwC0w/VJImlDlTtJI/AAAAAAAAC6c/PtnqlBKfeiM/s1600/Verdade.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://3.bp.blogspot.com/-0r8OafwwC0w/VJImlDlTtJI/AAAAAAAAC6c/PtnqlBKfeiM/s1600/Verdade.jpg" height="92" width="160" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><b>Especial</b></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;">Pense em doxa, aletheia ou episteme e responda: é possível alcançar a verdade absoluta? A questão aflige filósofos desde a Antiguidade, mas o dilema é enfrentado cotidianamente pelos magistrados. Na doutrina, o debate gira em torno do princípio conhecido como da “verdade real”. E a jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça (STJ) retrata esses confrontos. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;">Um voto que define bem o alcance do conceito é o do ministro Felix Fischer, atual vice-presidente do Tribunal, no Habeas Corpus 155.149. Nele consta a seguinte citação do jurista Jorge Figueiredo Dias: “A verdade material que se busca em processo penal não é o conhecimento ou apreensão absoluta de um acontecimento, que todos sabem escapar à capacidade do conhecimento humano.” </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;">Segundo o autor, essa verdade real deve ser lida como uma verdade subtraída das influências da acusação e da defesa. Também não se trata de uma verdade “absoluta” ou “ontológica”, mas “há de ser antes de tudo uma verdade judicial , prática e, sobretudo, não uma verdade obtida a todo preço, mas processualmente válida”. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;">No mesmo voto, o ministro critica a concepção ortodoxa da verdade real, tida como mitificada pelos que seguem essa corrente. Ele cita Francisco das Neves Baptista: “O mundo da prova é o mundo das presunções e construções ideais, estranhas ao que se entende, ordinariamente, por realidade. E o sistema jurídico processual assim o quer.” </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;">Esclarece o relator: “O princípio da verdade real, para além da terminologia, não poderia ter – na concepção ortodoxa – limitações.” No entanto, pondera, “não pode acontecer é reconhecer-se, como homenagem à suposta verdade real, algo como provado, quando em verdade, em termos legais, tal demonstração inocorreu”. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><span style="font-weight: bold;">Relações jurídicas</span></span> </div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;">Em voto de 1992, o então ministro Vicente Cernicchiaro explica as razões dessa diferença de tratamento dada à verdade no processo penal: “O status de condenado, por imperativo da Constituição, é definido exclusivamente pelo Judiciário. Não há partes, pedido, nem lide, nos termos empregados no processo civil. Ao contrário, juridicamente, o sujeito ativo (estado) e o passivo (réu) não se colocam em posições opostas. Na verdade, conjugam esforços para esclarecimento da verdade. As partes, assim, têm a mesma e única preocupação: definir o fato narrado na imputação” (REsp 13.375). </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;">A decisão da esfera penal até mesmo prevalece sobre as ações cíveis ou administrativas. Apesar da independência dos campos jurídicos, quando se trata de autoria ou materialidade, a decisão penal deve ser observada pelos outros juízos. Diz o Código Civil, nessa linha: “Art. 935. A responsabilidade civil é independente da criminal, não se podendo questionar mais sobre a existência do fato, ou sobre quem seja o seu autor, quando estas questões se acharem decididas no juízo criminal.” </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;">Assim decidiu o STJ no REsp 686.486: “A decisão na esfera criminal somente gera influência na jurisdição cível, impedindo a rediscussão do tema, quando tratar de aspectos comuns às duas jurisdições, ou seja, quando tratar da materialidade do fato ou da autoria.” </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;">Porém, ressalvou o ministro Luis Felipe Salomão no caso: “O reconhecimento da legítima defesa do vigilante no juízo criminal não implica, automaticamente, a impossibilidade de a parte autora requerer indenização pelos danos ocorridos, especialmente quando, como no caso ora em análise, pugna pelo reconhecimento da responsabilidade civil objetiva do banco e da empresa de vigilância, obrigados em face do risco da atividade”. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;">O Código de Processo Penal repete a norma, invertendo a disposição: “Art. 66. Não obstante a sentença absolutória no juízo criminal, a ação civil poderá ser proposta quando não tiver sido, categoricamente, reconhecida a inexistência material do fato.” </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;">Nesse sentido, também já decidiu o STJ: “Não havendo sentença penal que declare a inexistência do fato ou a negativa de autoria, remanesce a independência das esferas penal, cível e administrativa, permitindo-se que a administração imponha ao servidor a pena de demissão, pois não há interferência daquelas premissas no âmbito da ação por improbidade administrativa.” (AREsp 17974). </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;">“É firme o entendimento doutrinário e jurisprudencial no sentido de que as esferas criminal e administrativa são independentes. Apenas há repercussão no processo administrativo quando a instância penal se manifesta pela inexistência material do fato ou pela negativa de sua autoria, o que não é o caso dos autos”, afirmou, por sua vez, o ministro Herman Benjamin no AREsp 7.110. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;">E, novamente, o ministro Salomão esclarece: “Somente nos casos em que possa ser comprovada, na esfera criminal, a inexistência de materialidade ou da autoria do crime, tornando impossível a pretensão ressarcitória cível, será obrigatória a paralização da ação civil. Não sendo esta a hipótese dos autos, deve prosseguir a ação civil.” (Ag 1.402.602) </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;">O princípio da verdade real sustenta ainda outro, o pas de nulitté sans grief, segundo o qual não há nulidade sem prejuízo. É o que afirma o ministro Humberto Martins no Recurso Especial 1.201.317: “Não se declarará nulo nenhum ato processual quando este não causar prejuízo, nem houver influído na decisão da causa ou na apuração da verdade real.” </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><span style="font-weight: bold;">Perito menor </span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;">É o risco de violação ao princípio da verdade real que justifica a impossibilidade de peritos serem menores de 21 anos de idade. O entendimento é da Sexta Turma, que concedeu habeas corpus a condenado por roubo em cuja audiência a vítima, surda-muda, teve como intérprete a filha, de 12 anos. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;">“A doutrina tende a justificar a proibição com a ideia de que o menor não teria amadurecimento suficiente para entender e expressar, na condição de intérprete, os fatos objetos da imputação. Dessa maneira, a sua atuação poderia comprometer o resultado da oitiva, o que contraria as bases da verdade real”, explicou a relatora, ministra Maria Thereza de Assis Moura. (REsp 259.725) </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><span style="font-weight: bold;">Caso Mércia</span></span> </div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;">O princípio foi discutido também no caso da morte de Mércia Nakashima. A defesa do réu pretendia que o processo corresse em Nazaré Paulista (SP), onde ela teria morrido por afogamento. Isso porque o Código de Processo Penal (CPP) dispõe que a competência é do juízo do local onde o crime se consuma. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;">Porém, o juiz de Guarulhos (SP) afirmou que a regra deveria ser afastada no caso concreto, em vista da dificuldade que o deslocamento de competência traria para a apuração da verdade real: das 16 testemunhas de defesa, 13 seriam ouvidas em Guarulhos; o caso teria causado comoção social nessa cidade; e, de modo geral, a produção de provas era mais favorecida pela manutenção do processo nessa comarca. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;">O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) seguiu na mesma linha. Para os desembargadores paulistas, a alteração da competência enfraqueceria a colheita de provas: “A comarca de Guarulhos é o local onde há maior facilidade para se apurar os elementos probatórios necessários à busca da verdade real”, afirmaram no acórdão. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;">A decisão foi mantida pelo STJ no HC 196.458: “Ora, deve-se ter em mente que o motivo que levou o legislador a estabelecer como competente o local da consumação do delito foi, certamente, o de facilitar a apuração dos fatos e a produção de provas, bem como o de garantir que o processo possa atingir a sua finalidade primordial, qual seja, a busca da verdade real”, afirma o voto do relator, ministro Sebastião Reis Júnior. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;">“Dessa forma, seguindo o princípio da busca da verdade real, tem-se que se torna mais segura a colheita de provas no juízo de Guarulhos”, acrescentou. “O desenrolar da ação penal neste juízo, sem dúvidas, melhor atenderá às finalidades do processo e melhor alcançará a verdade real”, concluiu o relator. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><b>HC da acusação </b></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;">Um assistente de acusação invocou o princípio para justificar o pedido de habeas corpus contra o réu. No HC 40.803, o assistente argumentava que a legislação deixou “grande lacuna” quanto a seu papel, cujos atos deveriam ser interpretados com “elasticidade, mormente quando imprescindíveis para a apuração da verdade real”. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;">Por isso, o STJ deveria conceder o habeas corpus para fazer com que fossem ouvidas pelo júri as testemunhas apontadas pelo assistente de acusação, mas não arroladas pelo Ministério Público. Mas o pedido não foi conhecido pela Quinta Turma. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><b>Daniel Dantas</b></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;">No julgamento do habeas corpus em favor do banqueiro Daniel Dantas, o desembargador Adilson Macabu também fez referência ao princípio da verdade real. Para o relator do caso, a busca da verdade real deve ser feita com observação da legalidade dos métodos empregados, respeitando-se o devido processo legal (HC 149250). </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;">Taxa para se defender </span></b></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;">A ministra Maria Thereza de Assis Moura invocou o princípio para afastar a necessidade de pagamento de despesas com oficial de Justiça para que fosse ouvida testemunha de defesa. O magistrado havia considerado a prova preclusa pela falta do pagamento da diligência. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;">A relatora do HC 125.883 considerou que, mesmo em casos de ação penal privada, quando é exigido de forma expressa o pagamento da diligência, o juiz pode determinar de ofício a oitiva de testemunhas e outras diligências, “em homenagem aos princípios da ampla defesa e da verdade real, que regem o direito penal e o processo penal”. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;">“Tal circunstância corrobora a ilegalidade aqui constatada, em que se deixou de ouvir testemunha regularmente intimada pela defesa, em ação penal pública, em decorrência do não recolhimento antecipado da taxa respectiva”, concluiu. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><b>Forma sem fim</b></span> </div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;">O princípio também serviu para afastar a incidência da súmula do STJ que exige a reiteração do recurso especial após o julgamento dos embargos de declaração. No caso, após os primeiros embargos terem sido julgados parcialmente a favor do recorrente, um dos corréus, não beneficiado, embargou novamente a decisão (Ag 1.203.775). </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;">Antes desse julgamento, porém, o recorrente apresentou recurso especial. Julgados e rejeitados os segundos embargos do corréu, ele não reiterou suas razões recursais, levando inicialmente à negativa de apreciação de seu apelo. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;">No entanto, a Quinta Turma do STJ reviu sua decisão inicial em vista do princípio da verdade real. Para o ministro Jorge Mussi, “exigir-se tal ratificação, após julgamento de embargos de declaração rejeitados pela corte local, em que não houve modificação de absolutamente nada na situação jurídica dos sentenciados, afigura-se um excesso de formalismo, à luz dos princípios da celeridade processual e instrumentalidade das formas, principalmente no âmbito do direito processual penal, onde se busca a maior aproximação possível com a verdade dos fatos (verdade real) e o máximo de efetivação da Justiça social”. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;">Segundo o relator, não haveria por que insistir na reiteração do recurso se não houve acréscimo, modificação ou supressão de questão de direito ou fato capaz de influenciar no recurso especial, de modo que não se poderia “exigir o preenchimento de uma formalidade sem qualquer fim específico”. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;">A ministra Nancy Andrighi, em voto no REsp 331.550, manifestou-se pela prevalência da busca da verdade real sobre o formalismo processual: “Antes do compromisso com a lei, o magistrado tem um compromisso com a justiça e com o alcance da função social do processo, para que este não se torne um instrumento de restrita observância da forma, distanciando-se da necessária busca pela verdade real.” </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;">Ela também afirmou, no REsp 1.012.306, que “a iniciativa probatória do magistrado, em busca da verdade real, com realização de prova de ofício, é amplíssima, porque é feita no interesse público de efetividade da justiça”. Por isso, o juiz pode ter a iniciativa de exigir a produção de provas que entender cabíveis, mesmo que não solicitadas pelas partes. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><b>Direito civil </b></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;">O princípio da verdade real é menos presente, ou determinante, nos processos cíveis. Já dizia o ministro Vicente Cernicchiaro, em 1991: “O processo penal, ao contrário do processo civil, não transige com o princípio da verdade real” (RHC 1.330). </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;">É o que se extrai do voto do ministro Napoleão Nunes Maia Filho: “A relativa independência entre o orbe civil e o penal não se presta a justificar a possibilidade de duas verdades conflitantes protegidas pelo universo jurídico. A finalidade precípua da autonomia é permitir ao juízo penal perscrutar a verdade real além dos limites dentro dos quais se satisfaria o juízo civil.” (HC 125853) </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;">Na mesma linha o ministro Mauro Campbell Marques, ao considerar o dolo do agente em ação de improbidade administrativa: “A prova do móvel do agente pode se tornar impossível se se impuser que o dolo seja demonstrado de forma inafastável, extreme de dúvidas. Pelas limitações de tempo e de procedimento mesmo, inerentes ao direito processual, não é factível exigir do Ministério Público e da magistratura uma demonstração cabal, definitiva, mais-que-contundente de dolo, porque isto seria impor ao processo civil algo que ele não pode alcançar: a verdade real.” (REsp 1.245.765) </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;">Em 1990, o ministro Sálvio de Figueiredo já afastava o princípio em certos casos: “Na fase atual da evolução do direito de família, é injustificável o fetichismo de normas ultrapassadas em detrimento da verdade real, sobretudo quando em prejuízo de legítimos interesses de menor” (REsp 4987). </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;">Em matéria tributária, o princípio também é observado: “Caso os documentos colhidos pela fiscalização sejam suficientes para a verificação do lucro real, é com base neste que deverá ser efetuada a autuação, tendo em vista o princípio da verdade real na tributação”, afirma o ministro Campbell no REsp 1.089.482. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><span style="font-weight: bold;">Registro civil </span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;">Assim, o princípio se aplica aos registros civis. É ele que garante a alteração dos nomes dos genitores no registros de nascimento dos filhos após o divórcio. “O princípio da verdade real norteia o registro público e tem por finalidade a segurança jurídica. Por isso que necessita espelhar a verdade existente e atual e não apenas aquela que passou”, afirma voto do ministro Luis Felipe Salomão (REsp 1.123.141). </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;">É da ministra Nancy a afirmação de que “não pode prevalecer a verdade fictícia quando maculada pela verdade real e incontestável, calcada em prova de robusta certeza, como o é o exame genético pelo método DNA”. O caso tratava de tentativa de alterar o registro de paternidade procedido pelo marido que fora induzido a erro pela esposa (REsp 878.954). </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;">Fonte: STJ</span></div>
Bruno Azevedohttp://www.blogger.com/profile/17031419237830207454noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-7886365662321466444.post-20992699059444845562013-12-06T11:07:00.000-08:002013-12-06T11:12:30.629-08:00Conflitos de interesse de juízes são investigados nos EUA<div style="margin-bottom: 1em; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; text-align: justify;">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://4.bp.blogspot.com/-ye0YzBAnpKE/UH8B5eG1h-I/AAAAAAAAC0E/eankmOsZcQI/s1600/jus.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="100" src="http://4.bp.blogspot.com/-ye0YzBAnpKE/UH8B5eG1h-I/AAAAAAAAC0E/eankmOsZcQI/s200/jus.jpg" width="105" /></a></div>
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><b>Lá e lô</b></span><br />
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">A transparência do Judiciário em todos os estados americanos vai mal. Mas pode melhorar, daqui para a frente, graças a uma investigação do Centro para a Integridade Pública (CPI — Center for Public Integrity). Os resultados da investigação do CPI, divulgados nesta quinta-feira (5/12), envergonharam magistrados em todo o país, ao revelar casos indecorosos de conflitos de interesse de juízes das Supremas Cortes estaduais.</span></div>
<div style="margin-bottom: 1em; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Em vários casos, eles deveriam ter se declarado impedidos de participar de julgamentos, mas não o fizeram. Pior, votaram a favor de empresas com as quais tinham alguma espécie de vínculo. Algumas cortes se apressaram em declarar que iriam adotar medidas para sanar o problema.</span></div>
<div style="margin-bottom: 1em; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Em termos de transparência judicial e de legislação que obrigue os juízes a divulgar sua declaração financeira, todos os estados se saíram muito mal, na avaliação do CPI. A Suprema Corte que se saiu melhor foi a da Califórnia, que ficou com nota C. O estudo atribuiu notas às Supremas Cortes de todos os 50 estados americanos e mais o Distrito de Colúmbia, pelo mesmo sistema das escolas: A — excelente (90 a 100); B — acima da média (80 a 89); C — média (70 a 79); D — abaixo da média (60 a 69); e F — reprovado (0 a 59).</span></div>
<div style="margin-bottom: 1em; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Dos outros 49 estados, 43 receberam nota F. Os demais ficaram com D. A Califórnia recebeu nota C porque é o único estado que tem uma legislação um pouco mais rigorosa e menos casos.</span></div>
<div style="margin-bottom: 1em; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Uma determinação da Comissão de Práticas Políticas Justas obriga os juízes estaduais a publicar suas declarações financeiras na internet. E o estado tem um sistema de controle um pouco melhor do que a dos outros estados. Entre os estados que tem alguma regulamentação, 12 criaram órgãos disciplinares de autocontrole — isto é, cada órgão é composto pelos próprios ministros da corte.</span></div>
<div style="margin-bottom: 1em; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="-webkit-composition-fill-color: rgba(175, 192, 227, 0.230469); -webkit-composition-frame-color: rgba(77, 128, 180, 0.230469); -webkit-tap-highlight-color: rgba(26, 26, 26, 0.296875); font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><b>Ações em alta</b></span></div>
<span class="Apple-style-span" style="-webkit-composition-fill-color: rgba(175, 192, 227, 0.230469); -webkit-composition-frame-color: rgba(77, 128, 180, 0.230469); -webkit-tap-highlight-color: rgba(26, 26, 26, 0.296875); font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Três estados — Montana, Utah e Idaho — não requerem que os ministros divulguem suas declarações financeiras e não têm órgão de controle algum. Mas o caso destacado em primeiro lugar pelo CPI, repercutido pelo site Mother Jones, pelo jornal San Jose Mercury News e outras publicações, veio justamente da Califórnia. A juíza Kathryn Werdegar votou a favor do Wells Fargo Bank, em uma ação movida por um casal contra o banco, quando ela deveria ter se declarado impedida. Ela detém ações do banco, avaliadas em quase US$ 1 milhão, de acordo com o CPI.</span><br />
<div style="margin-bottom: 1em; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Kathryn declarou a propriedade das ações no formulário padronizado de declaração financeira, na faixa de US$ 100 mil a US$ 1 milhão. Depois da divulgação da investigação, disse, através de um porta-voz, que “lamenta o erro”. A Suprema Corte da Califórnia informou que “irá reavaliar seus procedimentos, para evitar erros semelhantes”. Outro juiz, que detinha uma pequena quantidade de ações do Wells Fargo, se declarou impedido no caso.</span></div>
<div style="margin-bottom: 1em; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Em Arkansas, um juiz votou a favor de uma empresa que paga um salário de US$ 12.499 à sua mulher, há dois anos. No Alabama, um juiz acionista da Regions Financial Corp. votou a favor da empresa em uma ação por fraude de valores mobiliários. Outro, acionista da 3M, votou a favor da empresa, que foi acusada de poluir propriedades de vizinhos com seus produtos químicos.</span></div>
<div style="margin-bottom: 1em; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Vários casos de juízes acionistas, que votaram a favor das empresas, foram listados pelo site Mother Jones e pelo CPI. A investigação também levantou casos de magistrados que receberam “presentes” de advogados, lobistas e organizações.</span></div>
<div style="margin-bottom: 1em; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Em 2011, por exemplo, a juíza Courtney Goodson recebeu do advogado W.H. Taylor, como presente, uma viagem pelo Caribe, no valor de US$ 12 mil. Em 2012, ela ganhou do advogado uma viagem à Itália, no valor de US$ 50 mil. Mas há presentes menores, como filiação honorária a country club e entradas para corridas da Fórmula Indy.</span></div>
<div style="margin-bottom: 1em; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Na interpretação do CPI, a Califórnia tem menos casos de conflito de interesse dos juízes das cortes superiores porque eles não sofrem influências políticas, como os de outros estados. Ao contrário do que ocorre nos demais estados, os juízes da Suprema Corte da Califórnia não concorrem contra outros candidatos nas eleições gerais. Os eleitores votam apenas se o magistrado deve permanecer na Suprema Corte por mais um mandato ou não, até o total de 12 anos.</span></div>
<div style="margin-bottom: 1em; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">O CPI fez um trabalho de fôlego em sua investigação. Examinou as declarações financeiras e outros documentos de todos os 355 juízes das Supremas Cortes estaduais e as comparou com os resultados dos julgamentos, nos quais não se declararam impedidos. Fez também uma análise de todas as legislações e regulamentações estaduais que dispõem sobre declarações financeiras dos juízes.</span></div>
<div style="margin-bottom: 1em; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">De acordo com declaração em seu website, o Centro para a Integridade Pública é a maior e mais antiga organização de jornalismo investigativo do país, não partidária e sem fins lucrativos. Sua missão é “servir a democracia, ao revelar abusos de poder, corrupção e traição da confiança pública, por instituições públicas e privadas poderosas, usando as ferramentas do jornalismo investigativo”.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Por João Ozório de Melo</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Fonte: ConJur</span></div>
Bruno Azevedohttp://www.blogger.com/profile/17031419237830207454noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7886365662321466444.post-67231716801126341582013-11-11T12:19:00.001-08:002013-11-11T12:19:23.721-08:00SP testará monitoramento como alternativa à preventiva<div style="margin-bottom: 1em; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; text-align: justify;">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://2.bp.blogspot.com/-OpDixP0OeaU/SumaHaWNMbI/AAAAAAAAAiQ/JAEyu4_6MUQ/s1600/images%255B1%255D.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://2.bp.blogspot.com/-OpDixP0OeaU/SumaHaWNMbI/AAAAAAAAAiQ/JAEyu4_6MUQ/s1600/images%255B1%255D.jpg" /></a></div>
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><b>Projeto Piloto</b></span><br />
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">O grupo de trabalho criado pela Secretaria de Segurança Pública de São Paulo para discutir o monitoramento eletrônico de detentos durante a fase processual, como previsto no artigo 319, inciso IX, do Código de Processo Penal, <a href="http://s.conjur.com.br/dl/sp-primeiro-estado-efetuar.pdf" target="_blank">definiu</a> as regras para instalação de projeto-piloto sobre o tema. A fase de testes permitirá que seja aperfeiçoado o monitoramento eletrônico, uma alternativa à prisão provisória que já é adotada como medida alternativa em decisões judiciais. Segundo o advogado Paulo José Iasz de Moraes, que participou do grupo de estudos, São Paulo será o primeiro estado a iniciar o monitoramento em fase processual.</span></div>
<div style="margin-bottom: 1em; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">O projeto-piloto deve garantir o monitoramento de 1,5 mil presos por mês na capital paulista e na Grande São Paulo. De acordo com o relatório assinado pelo secretário de Segurança Pública, Fernando Grella Vieira, um segundo grupo de trabalho deve ser criado, sob a coordenação da Secretaria de Administração Penitenciária (SAP), para que sejam definidos os parâmetros do monitoramento. Entre os detalhes que devem ser abordados pelo novo grupo, estão a viabilidade técnica da medida, a avaliação de custos e prazos, a estrutura necessária para que a medida alternativa seja aplicada, o treinamento de seus operadores e o sistema de manutenção.</span></div>
<div style="margin-bottom: 1em; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">A delegação de comando à SAP é consequência, de acordo com o relatório final do grupo de estudos, do Decreto Federal <a href="tel:7.627/2011">7.627/2011</a>, que regulamenta o monitoramento eletrônico como medida cautelar, e que responsabiliza por tal função os órgãos de gestão penitenciária. Além disso, a SAP é responsável pelo acompanhamento do monitoramento eletrônico a que são submetidos os presos que cumprem pena em regime semiaberto, em saídas temporárias.</span></div>
<div style="margin-bottom: 1em; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">O grupo de trabalho incluiu representantes da seccional paulista da Ordem dos Advogados do Brasil (os conselheiros Paulo José Iasz de Moraes e Arles Gonçalves Júnior), da Secretaria da Segurança Pública, SAP, Ministério Público de São Paulo e do Judiciário paulista. Os representantes da OAB-SP informaram que a implementação do monitoramento deve ser feita com tecnologia de ponta, após período experimental que permita análise sobre o controle das informações e a estruturação e treinamento dos órgãos envolvidos.</span></div>
<div style="margin-bottom: 1em; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Os dois conselheiros também apontaram a necessidade de “criação de um departamento especializado e de um sistema de comprometimento pessoal com critérios de avaliação”. Segundo análise do Tribunal de Justiça de São Paulo, que foi incluída no relatório final, 4 mil equipamentos atenderiam à demanda paulista, sendo 1,5 mil apenas na Grande São Paulo. O custo de uma tornozeleira eletrônica, de acordo com o TJ-SP, fica em R$ 3.047, enquanto o valor mensal de um preso fica em torno de R$ 1,4 mil e a construção de um presídio demanda entre R$ 30 milhões e R$ 50 milhões.</span></div>
<div style="margin-bottom: 1em; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Já a Polícia Civil afirmou que seria possível utilizar o monitoramento eletrônico em 20% dos 80 a 100 flagrantes registrados diariamente. As autoridades de segurança solicitaram, então, 20 mil equipamentos, sendo que 6 mil ficariam com o Judiciário, por meio do Departamento de Inquéritos Policiais e Polícia Judiciária. A Secretaria de Administração Penitenciária defendeu a criação de uma estrutura adequada, com o sistema contratado oferecendo gestão de estoque, logística para a distribuição das unidades, parâmetros de cobertura, além de fase se acompanhamento por especialistas, para que o serviço seja avaliado.</span></div>
<div style="margin-bottom: 1em; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Clique <a href="http://s.conjur.com.br/dl/sp-primeiro-estado-efetuar.pdf" target="_blank">aqui</a> para ler o documento.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Por Gabriel Mandel</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Fonte: ConJur</span></div>
Bruno Azevedohttp://www.blogger.com/profile/17031419237830207454noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7886365662321466444.post-19951577052621317052013-11-06T14:03:00.002-08:002013-11-06T15:19:18.103-08:00Aberto período de matrículas para a primeira pós-graduação em Mediação e Arbitragem da Paraíba<br />
<div style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;">
<img alt="Aberto período de matrículas para a primeira pós-graduação em Mediação e Arbitragem da Paraíba" class="imgdestaque" height="80" src="http://conciliar.tjpb.jus.br/wp-content/uploads/2013/11/pos-gradua%C3%A7%C3%A3o-bras%C3%ADlia.jpg" style="float: left; list-style-image: initial; list-style-position: initial; list-style-type: none; margin-bottom: 10px; margin-left: 0px; margin-right: 10px; margin-top: 0px; outline-color: initial; outline-style: none; outline-width: initial; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; text-align: justify; width: 200px;" title="Aberto período de matrículas para a primeira pós-graduação em Mediação e Arbitragem da Paraíba" width="20" /></div>
<span class="Apple-style-span" style="-webkit-composition-fill-color: rgba(175, 192, 227, 0.230469); -webkit-composition-frame-color: rgba(77, 128, 180, 0.230469); -webkit-tap-highlight-color: rgba(26, 26, 26, 0.296875); font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><b>Olhar da Academia</b></span><br />
<div style="list-style-image: initial; list-style-position: initial; list-style-type: none; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; outline-color: initial; outline-style: none; outline-width: initial; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; text-align: -webkit-auto;">
<div style="text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Já está aberto o período de matrículas para a primeira pós-graduação em Mediação e Arbitragem da Paraíba. A pós-graduação é pioneira e faz parte de um convênio formalizado entre o TJ-PB e o Unipê. E já é fruto das políticas públicas desenvolvidas pelo Tribunal de Justiça da Paraíba para promover as formas extrajudiciais de solução dos conflitos.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
</div>
<div style="list-style-image: initial; list-style-position: initial; list-style-type: none; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; outline-color: initial; outline-style: none; outline-width: initial; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">
<div style="list-style-image: initial; list-style-position: initial; list-style-type: none; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; outline-color: initial; outline-style: none; outline-width: initial; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; text-align: -webkit-auto;">
<div style="text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">O Curso terá início dia <a href="x-apple-data-detectors://0" style="list-style-image: initial; list-style-position: initial; list-style-type: none; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; outline-color: initial; outline-style: none; outline-width: initial; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">8 de novembro</a>. As aulas acontecerão mensalmente, quintas e sextas (manhã e noite) e no sábado (manhã e tarde) no setor de Pós-graduação do Unipê. O curso é voltado para advogados, juízes, membros do Ministério Público, procuradores, bacharéis dos cursos de Direito, Administração, Comércio Exterior, Economia, Engenharia, Psicologia e Contabilidade.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
</div>
<div style="list-style-image: initial; list-style-position: initial; list-style-type: none; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; outline-color: initial; outline-style: none; outline-width: initial; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; text-align: -webkit-auto;">
<div style="text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Profissionais renomados compõem o corpo docente, estão confirmados nomes como o do Prof. Pós-Dr. José Ricardo Cunha (RJ), Prof. Pós-Dr Humberto Dalla (RJ), Profª. Espª. Ana Lúcia Pereira (SP) presidente do Conselho Nacional das Instituições de Mediação e Arbitragem – CONIMA, Prof. Esp. Mauro Cunha Azevedo Neto (SP), Diretor do Comitê Brasileiro de Arbitragem – CBar e Prof. Esp. Adolfo Braga Neto (SP).</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
</div>
<div style="list-style-image: initial; list-style-position: initial; list-style-type: none; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; outline-color: initial; outline-style: none; outline-width: initial; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">
</div>
<div style="list-style-image: initial; list-style-position: initial; list-style-type: none; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; outline-color: initial; outline-style: none; outline-width: initial; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="list-style-image: initial; list-style-position: initial; list-style-type: none; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; outline-color: initial; outline-style: none; outline-width: initial; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; list-style-image: initial; list-style-position: initial; list-style-type: none; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; outline-color: initial; outline-style: none; outline-width: initial; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;"><b>Inscrições</b></span></span></div>
</div>
<div style="list-style-image: initial; list-style-position: initial; list-style-type: none; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; outline-color: initial; outline-style: none; outline-width: initial; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">
<div style="text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Restam últimas vagas! Confira mais detalhes do curso e faça sua inscrição, <span style="list-style-image: initial; list-style-position: initial; list-style-type: none; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; outline-color: initial; outline-style: none; outline-width: initial; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;"><a href="http://educacaocontinuada.unipe.br/pos-graduacao/curso/mediacao-e-arbitragem/" style="list-style-image: initial; list-style-position: initial; list-style-type: none; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; outline-color: initial; outline-style: none; outline-width: initial; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" target="_blank">clique aqui</a>.</span></span></div>
</div>
<div style="list-style-image: initial; list-style-position: initial; list-style-type: none; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; outline-color: initial; outline-style: none; outline-width: initial; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">
<div style="text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">As matrículas devem ser realizadas presencialmente no setor de Pós-graduação do Unipê até dia <a href="x-apple-data-detectors://1" style="list-style-image: initial; list-style-position: initial; list-style-type: none; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; outline-color: initial; outline-style: none; outline-width: initial; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">07 de novembro</a>.</span></div>
</div>
<div style="list-style-image: initial; list-style-position: initial; list-style-type: none; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; outline-color: initial; outline-style: none; outline-width: initial; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">
<div style="text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
</div>
<div style="list-style-image: initial; list-style-position: initial; list-style-type: none; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; outline-color: initial; outline-style: none; outline-width: initial; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">
</div>
<div style="list-style-image: initial; list-style-position: initial; list-style-type: none; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; outline-color: initial; outline-style: none; outline-width: initial; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="list-style-image: initial; list-style-position: initial; list-style-type: none; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; outline-color: initial; outline-style: none; outline-width: initial; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; list-style-image: initial; list-style-position: initial; list-style-type: none; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; outline-color: initial; outline-style: none; outline-width: initial; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;"><b>Descontos</b></span></span></div>
</div>
<div style="list-style-image: initial; list-style-position: initial; list-style-type: none; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; outline-color: initial; outline-style: none; outline-width: initial; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">
</div>
<div style="list-style-image: initial; list-style-position: initial; list-style-type: none; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; outline-color: initial; outline-style: none; outline-width: initial; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">
<div style="text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Há descontos para ex-alunos do Unipê, advogados associados a OAB/PB e membros do TJPB.</span></div>
</div>
<div style="list-style-image: initial; list-style-position: initial; list-style-type: none; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; outline-color: initial; outline-style: none; outline-width: initial; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">
</div>
<div style="list-style-image: initial; list-style-position: initial; list-style-type: none; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; outline-color: initial; outline-style: none; outline-width: initial; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">
<div style="text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Mais informações podem ser obtidas pelo telefone <a href="tel:(83)%202106.9284" style="list-style-image: initial; list-style-position: initial; list-style-type: none; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; outline-color: initial; outline-style: none; outline-width: initial; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">(83) 2106.9284</a> / <a href="tel:(83)%202106.9369" style="list-style-image: initial; list-style-position: initial; list-style-type: none; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; outline-color: initial; outline-style: none; outline-width: initial; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">(83) 2106.9369</a> ou pelo e-mail <a href="mailto:pos@unipe.br" style="list-style-image: initial; list-style-position: initial; list-style-type: none; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; outline-color: initial; outline-style: none; outline-width: initial; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">pos@unipe.br</a>.</span></div>
</div>
<div style="list-style-image: initial; list-style-position: initial; list-style-type: none; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; outline-color: initial; outline-style: none; outline-width: initial; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">
<div style="text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
</div>
<div style="list-style-image: initial; list-style-position: initial; list-style-type: none; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; outline-color: initial; outline-style: none; outline-width: initial; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">
</div>
<div style="list-style-image: initial; list-style-position: initial; list-style-type: none; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; outline-color: initial; outline-style: none; outline-width: initial; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; text-align: -webkit-auto;">
<div style="text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">O TJPB, através do seu Núcleo de Conciliação, tem desenvolvido vários programas e ações para difundir as outras formas de acesso à Justiça e quebrar a cultura do litígio via Judiciário, promovendo uma virado cultural. Assim, o Núcleo de Conciliação tem realizado ações como os mutirões da Conciliação (DPVAT, FISCAL e dos Bancos), o Selo Amigo da Conciliação, o Programa ProEndividados, o Portal da Conciliação (<a href="http://conciliar.tjpb.jus.br/" style="list-style-image: initial; list-style-position: initial; list-style-type: none; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; outline-color: initial; outline-style: none; outline-width: initial; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">http://conciliar.tjpb.jus.br</a>), a Revista Eletrônica Conciliar, o Código de Ética dos Conciliadores, o Programa Curso de Direito Amigo da Conciliação, o Programa Caminhos da Conciliação, os curso de Técnicas e Habilidades Autocompositivas, em parceria com a ESMA e os Centros de Conciliação e Mediação, em convênio com os principais curso de Direito no Estado e cuja rede se estende de Cabedelo à Cajazeiras.</span></div>
</div>
<div style="list-style-image: initial; list-style-position: initial; list-style-type: none; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; outline-color: initial; outline-style: none; outline-width: initial; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; text-align: -webkit-auto;">
<div style="text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
</div>
<div style="list-style-image: initial; list-style-position: initial; list-style-type: none; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; outline-color: initial; outline-style: none; outline-width: initial; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">
</div>
<div style="list-style-image: initial; list-style-position: initial; list-style-type: none; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; outline-color: initial; outline-style: none; outline-width: initial; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; text-align: -webkit-auto;">
<div style="text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Com todas estas ações, o Núcleo de Conciliação impõe um ritmo consistente para legar aos atores jurídicos no Estado, uma outra filosofia na resolução dos conflitos, que seja longe do Poder Judiciário e de seus mais de 92 milhões de processos. E as formas extrajudiciais são a opção. Assim, a aproximação com a academia e com a ciência do Direito é mais um passo firme do TJPB para consolidar esses outros mecanismos de acesso à Justica, distante da via saturada do Judiciário.</span></div>
</div>
<div style="list-style-image: initial; list-style-position: initial; list-style-type: none; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; outline-color: initial; outline-style: none; outline-width: initial; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">
</div>
<div style="list-style-image: initial; list-style-position: initial; list-style-type: none; margin-bottom: 20px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 20px; outline-color: initial; outline-style: none; outline-width: initial; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; text-align: -webkit-auto;">
<div style="text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">O curso é fruto de uma parceria entre o Tribunal de Justiça da Paraíba e o Unipê.</span></div>
</div>
</div>
<div style="list-style-image: initial; list-style-position: initial; list-style-type: none; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; outline-color: initial; outline-style: none; outline-width: initial; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">
</div>
<div style="list-style-image: initial; list-style-position: initial; list-style-type: none; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; outline-color: initial; outline-style: none; outline-width: initial; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">
<div style="text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Fonte: TJPB</span></div>
</div>
Bruno Azevedohttp://www.blogger.com/profile/17031419237830207454noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-7886365662321466444.post-55467727678469572082013-10-25T07:00:00.000-07:002013-10-25T07:00:09.438-07:00Contraditório é a mais destacada das garantias processuais<div style="margin-bottom: 1em; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">
<div style="text-align: justify;">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://4.bp.blogspot.com/-qtPv312lQJw/ULe5p_qIJaI/AAAAAAAAC00/T8PolfBCbKA/s1600/rel.bmp" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em; text-align: justify;"><img border="0" height="90" src="http://4.bp.blogspot.com/-qtPv312lQJw/ULe5p_qIJaI/AAAAAAAAC00/T8PolfBCbKA/s200/rel.bmp" width="140" /></a></div>
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><b>Conquistas da Constituição cidadã</b></span><br />
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">O princípio constitucional do contraditório — e o seu desdobramento na garantia do direito de defesa — é um dogma impostergável e, mais do que qualquer outro, encarna no ambiente das mais diferentes culturas jurídicas dois milênios de história da ciência processual. Realmente, nenhuma restrição de direitos pode ser admitida sem quem se propicie ao cidadão a produção de ampla defesa, e, consequentemente, esta só poderá efetivar-se em sua plenitude com a participação ativa e contraditória dos sujeitos parciais em todos os atos e termos do processo.</span></div>
</div>
<div style="margin-bottom: 1em; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">
<div style="text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">É o que, aliás, ampliando, explicitamente, tradicional regra de nosso ordenamento jurídico, a Constituição Federal, que comemora 25 anos de vigência, consagra no inciso LV do artigo 5º: “aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em geral são assegurados o contraditório e ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes”.</span></div>
</div>
<div style="margin-bottom: 1em; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">
<div style="text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">O processo judicial, como instituição intrinsecamente dialética, em qualquer de suas vertentes (penal, civil, trabalhista, administrativa, arbitral), encontra-se sob a égide do princípio do contraditório. Não se faz possível conceber um processo unilateral, no qual atue somente uma parte, visando à obtenção de vantagem em detrimento do adversário, sem que a este se conceda oportunidade para apresentar as suas razões. Se não deduzi-las, a despeito de ter sido validamente convocado, sofrerá os ônus de sua inércia. O contraditório, ademais, deve igualmente ser observado no desenvolvimento do processo, para que ambos os protagonistas, colaborando com o juiz, possam participar e influir na decisão final.</span></div>
</div>
<div style="margin-bottom: 1em; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">
<div style="text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Acrescente-se que, garantindo aos atores parciais uma equivalência nas respectivas posições, por eles assumidas, o contraditório sedimenta-se na possibilidade de atuação, não em momentos episódicos, mas traduzindo-se numa série sucessiva de escolhas, estratégias e reações, que tornam efetiva a ampla defesa.</span></div>
</div>
<div style="margin-bottom: 1em; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">
<div style="text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Assim, quando se materializa a participação no iter de formação de um provimento decisório daqueles que serão os seus destinatários, alcança-se evidente e natural vantagem em termos de liberdade e de tutela dos interesses.</span></div>
</div>
<div style="margin-bottom: 1em; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">
<div style="text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Revelando-se, enfim, no direito de audiência, a regra do contraditório faz-se ínsita à administração de uma justiça bem organizada, e exaltada, com razão, como a mais destacada dentre as garantias processuais, porque é aquela que permite a manifestação das duas partes (Grundsatz des beiderseitingem Gehörs): “Absolutamente inseparável da administração da justiça organizada, encontra igualmente expressão no preceito romano: audiatur et altera pars e no provérbio alemão de época medieval: ‘Eines mannes red ist keine red, der richter soll die deel verhoeren beed’ (‘a alegação de um só homem não é alegação, o juiz deve ouvir ambas as partes’)” (Millar).</span></div>
</div>
<div style="margin-bottom: 1em; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">
<div style="text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">O traço distintivo que realmente conota o processo litigioso é o contraditório, cujo pressuposto básico é que ele se desenvolva num plano de absoluta paridade entre as partes. Paridade tem o significado de que todas as partes que atuam no processo devem dispor de oportunidades processuais preordenadas e simétricas. Na ótica do processo, a paridade das partes constitui pressuposto do contraditório.</span></div>
</div>
<div style="margin-bottom: 1em; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">
<div style="text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">E esse raciocínio é válido, inclusive e obviamente, para as situações que comportam decisões inaudita altera parte, uma vez que estas ostentam o caráter de provisoriedade, abrindo-se ao outro sujeito parcial do processo, antes que se tornem definitivas, a possibilidade de deduzir defesa. Na verdade, em tais hipóteses, de “contraddittorio posticipato” ou “diferito”, a garantia da audiência bilateral não se delineia violada, mas, por certo, tão-só adiada para um momento imediatamente sucessivo à formação do provimento judicial liminar, restaurando-se, com a eventual reação do destinatário da decisão, a plenitude da defesa.</span></div>
</div>
<div style="margin-bottom: 1em; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">
<div style="text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">A tal propósito, nota-se, de logo, que o Projeto do CPC (PLC <a href="tel:8.046/2010">8.046/2010</a>), em vias de ser votado na Câmara dos Deputados, não descurou a moderna linha principiológica expressamente consagrada no texto constitucional. Pelo contrário, destacam-se em sua redação inúmeros postulados que, a todo momento, procuram assegurar o devido processo legal e, em particular, a garantia do contraditório. Os fundamentos de um moderno Código de Processo Civil devem se nortear, em primeiro lugar, nas diretrizes traçadas pela Constituição Federal.</span></div>
</div>
<div style="text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Por José Rogério Cruz e Tucci</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Fonte: ConJur</span></div>
Bruno Azevedohttp://www.blogger.com/profile/17031419237830207454noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7886365662321466444.post-38226890376373570992013-10-16T05:00:00.000-07:002013-10-16T20:14:17.608-07:00Juiz de MG reverte penas de reclusão por doações de sangue<div style="margin-bottom: 1em; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://2.bp.blogspot.com/-QP-In95eRLE/T3XsDefyWUI/AAAAAAAAB90/8T1x4s6zmkw/s1600/sangue.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em; text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><img border="0" height="90" src="http://2.bp.blogspot.com/-QP-In95eRLE/T3XsDefyWUI/AAAAAAAAB90/8T1x4s6zmkw/s200/sangue.jpg" width="130" /></span></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<b><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Criatividade na jurisdição</span></b></div>
<div style="text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Dois condenados à prisão em Poços de Caldas (MG) tiveram suas penas substituídas e poderão permanecer livres, sob a condição de se tornarem doadores no banco de sangue da cidade. A decisão, do juiz da 1ª Vara Criminal do município, Narciso Alvarenga Monteiro de Castro, estabeleceu ainda que eles deverão prestar serviços à comunidade. Ambos foram condenados a penas inferiores a quatro anos de reclusão e preenchiam os demais requisitos para substituição da penalidade.</span></div>
</div>
<div style="margin-bottom: 1em; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">
<div style="text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Em um dos casos, um senhor de 53 anos de idade foi flagrado por policiais em março de 2005 com um revolver com a documentação vencida. A defesa do acusado alegou que a arma não estava carregada no momento da abordagem. Porém, segundo o magistrado, o mesmo possuía munição consigo e isto não mudaria a aplicação da lei.</span></div>
</div>
<div style="margin-bottom: 1em; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">
<div style="text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">O segundo caso envolvia uma gari que, em 2011, dirigia embriagada, provocou um acidente de trânsito envolvendo uma moto e fugiu sem prestar socorro. A mulher de 32 anos fugiu do local do acidente alegando medo de outros motoqueiros que estavam próximos da vítima. Ao ser presa em flagrante pela polícia, ela apresentou uma CNH falsa e no teste de bafômetro foi constatada a embriaguez — o que ela confessou em juízo.</span></div>
</div>
<div style="margin-bottom: 1em; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">
<div style="text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Os acusados foram sentenciados no final de setembro com penas entre dois e três anos de reclusão, que o juiz substituiu por duas penas restrititivas de direito para cada um. A doação de sangue, estipulada como uma delas, será aplicada caso os sentenciados estejam aptos e não tenham restrição médica. No caso de impossibilidade de doação por parte dos condenados, cabe ao juiz da Vara de Execuções da comarca a nova determinação de pena alternativa. </span></div>
</div>
<div style="text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Por TJMG</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Fonte: ConJur</span></div>
Bruno Azevedohttp://www.blogger.com/profile/17031419237830207454noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7886365662321466444.post-58108763281609238612013-09-03T02:00:00.000-07:002013-09-03T02:00:03.558-07:00Tornozeleira eletrônica contribuiu para efetividade das medidas protetivas em MG<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://2.bp.blogspot.com/-uQm0wiqPOUg/Sp_5VmyW-RI/AAAAAAAAAZk/km5ngGSNGQE/s1600/0%252C%252C11978695%252C00%255B1%255D.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em; text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><img border="0" height="90" src="http://2.bp.blogspot.com/-uQm0wiqPOUg/Sp_5VmyW-RI/AAAAAAAAAZk/km5ngGSNGQE/s200/0%252C%252C11978695%252C00%255B1%255D.jpg" width="130" /></span></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<b><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Efetividade das Medidas Cautelares</span></b></div>
<div style="text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Segurança: esse é o sentimento que a maior parte das mulheres vítimas de violência em Minas Gerais vem experimentando depois que o Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais (TJMG) passou a vigiar os passos dos agressores por meio de tornozeleiras eletrônicas.</span><br />
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span>
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">O Programa Monitoração Eletrônica de Agressores teve início no Dia Internacional da Mulher, comemorado em 8 de março. Segundo levantamento recente, 106 homens estão atualmente sob acompanhamento.</span><br />
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">A desembargadora Heloísa Helena de Ruiz Combat, superintendente da Coordenadoria da Mulher em Situação de Violência Doméstica do TJMG, explicou que o programa é executado pelas Varas Especializadas em Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher de Minas Gerais, em parceria com a Secretaria do Estado de Defesa Social, o Ministério Público, a Defensoria Pública e as Polícias Militar e Civil do Estado. A iniciativa teve início em Belo Horizonte/MG e se estenderá para todo o estado.</span><br />
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">De acordo com a desembargadora, além das tornozeleiras, foram distribuídos dispositivos eletrônicos a 98 mulheres que emitem avisos caso seus ex-companheiros descumpram as medidas protetivas de manterem-se afastados. O equipamento emite alertas sobre a aproximação do agressor, até mesmo por mensagem de texto para o celular delas.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">“Na monitoração, são definidas áreas de exclusão, às quais o agressor não pode ter acesso, como o local de trabalho ou a residência da mulher. A vítima pode então portar um equipamento que vibra, emite um sinal luminoso ou até mesmo envia uma mensagem automática para o celular dela no caso da aproximação do agressor”, contou Heloísa.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Na avaliação da desembargadora, as mulheres não são as únicas beneficiadas. “Ao tratarmos de violência doméstica, alguns aspectos precisam ser ressaltados. Primeiramente sobre o agressor, que geralmente não é um criminoso comum. Assim, o monitoramento eletrônico dessa pessoa evita o contato dela com o ambiente de encarceramento convencional, superlotado e com indivíduos enquadrados nos mais variados tipos de crime”, afirmou.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">“Há também a questão financeira. Segundo dados do Departamento Penitenciário Nacional (Depen), cada preso no Brasil custa em média R$ 2 mil mensais aos cofres do Estado. No atual contrato de monitoração, por sua vez, esse valor é de R$ 185,10”, observou.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">A magistrada avalia como positivos os resultados já obtidos pelo programa. Heloísa lembra que a fiscalização da medida protetiva imposta ao agressor era feita exclusivamente pela vítima, que precisava informar o descumprimento ao juiz para que medidas mais drásticas fossem adotadas. A falta de efetividade das medidas protetivas era comum.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">“Acredito bastante na iniciativa e espero que continue dando certo, uma vez que a adoção da tornozeleira eletrônica permite que o agressor continue a trabalhar, a frequentar cursos reflexivos e atividades educativas, o que potencializa uma mudança de comportamento, sem falar na maior segurança que propicia às mulheres”, afirmou.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Por Giselle Souza</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Fonte: CNJ</span></div>
Bruno Azevedohttp://www.blogger.com/profile/17031419237830207454noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7886365662321466444.post-67934169239003355332013-09-01T16:05:00.001-07:002013-09-01T17:11:30.444-07:00UNIPÊ realizará pós-graduação voltada para as formas extrajudiciais<div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><strong>Novidade do Direito contemporâneo e muito campo de atuação</strong></span></div>
<div align="left" class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://1.bp.blogspot.com/-8MX5EdJE6sA/UiPGG3EwYLI/AAAAAAAAC5I/uTHCZdH-8YA/s1600/UNIPE2.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="580" src="http://1.bp.blogspot.com/-8MX5EdJE6sA/UiPGG3EwYLI/AAAAAAAAC5I/uTHCZdH-8YA/s1600/UNIPE2.jpg" width="416" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">
<a href="http://educacaocontinuada.unipe.br/pos-graduacao/curso/mediacao-e-arbitragem/">* Acesse o link</a></div>
Bruno Azevedohttp://www.blogger.com/profile/17031419237830207454noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7886365662321466444.post-74200970821600711622013-06-05T20:16:00.003-07:002013-06-05T20:34:17.253-07:00STJ aplica 'direito ao esquecimento' pela primeira vez<div>
<div style="text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="-webkit-composition-fill-color: rgba(175, 192, 227, 0.230469); -webkit-composition-frame-color: rgba(77, 128, 180, 0.230469); -webkit-tap-highlight-color: rgba(26, 26, 26, 0.292969);"><b><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Garantias da Personalidade</span></b></span></div>
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<span class="Apple-style-span" style="-webkit-composition-fill-color: rgba(175, 192, 227, 0.230469); -webkit-composition-frame-color: rgba(77, 128, 180, 0.230469); -webkit-tap-highlight-color: rgba(26, 26, 26, 0.296875);"><b><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"></span></b></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<b><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><a href="http://4.bp.blogspot.com/-qtPv312lQJw/ULe5p_qIJaI/AAAAAAAAC00/T8PolfBCbKA/s1600/rel.bmp" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="90" src="http://4.bp.blogspot.com/-qtPv312lQJw/ULe5p_qIJaI/AAAAAAAAC00/T8PolfBCbKA/s200/rel.bmp" width="130" /></a></span></b></div>
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<div style="text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">As pessoas têm o direito de serem esquecidas pela opinião pública e até pela imprensa. Os atos que praticaram no passado distante não podem ecoar para sempre, como se fossem punições eternas. A tese do direito ao esquecimento foi assegurada na semana passada em dois recursos especiais julgado pela 4ª Turma do Superior Tribunal de Justiça. As decisões, unânimes, marcam a primeira vez que uma corte superior discute o tema no Brasil.</span></div>
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<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
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<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Foram dois recursos ajuizados contra reportagens da TV Globo, um deles por um dos acusados — mais tarde absolvidos — pelo episódio que ficou conhecido como a Chacina da Candelária, no Rio de Janeiro. O outro, pela família de Aída Curi, estuprada e morta em 1958 por um grupo de jovens. Os casos foram à Justiça porque os personagens das notícias — no caso de Aída, os familiares — sentiram que não havia necessidade de resgatar suas histórias, já que aconteceram há muitos anos e não faziam mais parte do conhecimento comum da população.</span></div>
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<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
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<div style="text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">O direito ao esquecimento não é recente na doutrina do Direito, mas entrou na pauta jurisdicional com mais contundência desde a edição do Enunciado 531, da VI Jornada de Direito Civil do Conselho da Justiça Federal (CJF). O texto, uma orientação doutrinária baseada na interpretação do Código Civil, elenca o direito de ser esquecido entre um dos direitos da personalidade. A questão defendida é que ninguém é obrigado a conviver para sempre com erros pretéritos.</span></div>
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<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
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<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">A grande dificuldade da discussão do direito ao esquecimento é que não se pode falar em regras, ou em tese. São sempre debates principiológicos que dependem muito da análise do caso concreto. Mas, em linhas gerais, o que o Enunciado 531 diz é que ninguém é obrigado a conviver para sempre com o passado.</span></div>
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<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
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<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">É nessa linha que argumenta o ministro Luis Felipe Salomão, relator dos dois recursos especiais que discutiram a tese no STJ. “Não se pode, pois, nestes casos, permitir a eternização da informação. Especificamente no que concerne ao confronto entre o direito de informação e o direito ao esquecimento dos condenados e dos absolvidos em processo criminal, a doutrina não vacila em dar prevalência, em regra, ao último”, escreveu.</span></div>
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<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Liberdade de imprensa</span></div>
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<div style="text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Salomão discorre que a questão é uma das decorrências do conflito entre a liberdade de imprensa e o direito à intimidade. Ao mesmo tempo em que a Constituição assegura que a imprensa é incensurável e goza de total liberdade, encontra barreiras em princípios como a inviolabilidade da intimidade, da vida privada, da honra e da imagem das pessoas.</span></div>
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<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
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<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">“E é por isso que a liberdade de imprensa há de ser analisada a partir de dois paradigmas jurídicos bem distantes um do outro. O primeiro, de completo menosprezo tanto da dignidade da pessoa humana quanto da liberdade de imprensa; e o segundo, o atual, de dupla tutela constitucional de ambos os valores”, afirma o ministro.</span></div>
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<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
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<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Mas Salomão pondera que “a história da sociedade é patrimônio imaterial do povo” e o registro dos fatos, portanto, é um direito da sociedade. O registro de crimes, continua o ministro, é uma forma de a sociedade analisar a evolução de seus próprios costumes e de deixar para as futuras gerações marcas de como se comportava.</span></div>
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<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
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<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Candelária</span></div>
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<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">No caso do acusado de ter participado da Chacina da Candelária, a 4ª Turma do STJ condenou a Globo a pagar R$ 50 mil de indenização por danos morais. Entendeu que a menção de seu nome como um dos partícipes do crime, mesmo esclarecendo que ele foi absolvido, causou danos à sua honra, já que ele teve o direito de ser esquecido reconhecido.</span></div>
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<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
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<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">A Chacina da Candelária aconteceu em 1993 no Rio de Janeiro, em frente à Igreja da Candelária. Numa madrugada de julho, policiais à paisana abriram fogo contra as cerca de 70 crianças e adolescentes que dormiam nas escadarias da igreja. Várias ficaram feridas e oito morreram. Três policiais foram condenados pelo crime e dois foram absolvidos.</span></div>
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<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
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<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">O tempo</span></div>
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<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Um dos grandes argumentos contra a aplicação da tese do direito ao esquecimento em casos concretos é que, se um fato é lícito quando aconteceu, o passar do tempo não pode torná-lo ilícito. Fosse assim, argumentam os opositores, fatos históricos prescreveriam.</span></div>
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<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Mas o ministro Luis Felipe Salomão afirma que “a assertiva de que uma notícia lícita não se transforma em ilícita com o simples passar do tempo não tem nenhuma base jurídica”. Ele explica que a passagem do tempo, no campo do Direito, é o que permite a “estabilização do passado”, “mostrando-se ilícito sim reagitar o que a lei pretende sepultar”.</span></div>
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<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
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<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Salomão empresta a tese da prescrição no Direito Penal para explicar por que fatos antigos perdem o interesse da sociedade: “Ao crime, por si só, subjaz um natural interesse público, caso contrário nem seria crime. E esse interesse público, que é, em alguma medida, satisfeito pela publicidade do processo penal, finca raízes essencialmente na fiscalização social da resposta estatal que será dada ao fato”. </span></div>
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<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
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<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Ele explica que “o interesse público que orbita o fenômeno criminal tende a desaparecer na medida em que também se esgota a resposta penal conferida ao fato criminoso, a qual, certamente, encontra seu último suspiro, com a extinção da pena ou com a absolvição, ambas irreversivelmente consumadas”.</span></div>
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<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
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<b><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Esquecimento para todos</span></b></div>
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<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">No caso de Aída Curi, Salomão também reconheceu o direito ao esquecimento dos familiares. Concordou com as alegações de que a reportagem da Globo trouxe de volta antigos sentimentos de angústia, revolta e dor diante do crime, que aconteceu quase 60 anos atrás.</span></div>
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<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
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<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Portanto, o ministro reconhece o direito à família de Aída de não ver o caso ser lembrado pela imprensa, ainda que dentro do contexto histórico. Mas no caso de um crime que se fez notável pelo nome da vítima — caso de Aída Curi e também, por exemplo, da missionária Doroty Stang ou do jornalista Vladimir Herzog —, não há outra solução a não ser falar no nome dos envolvidos.</span></div>
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<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
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<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">As decisões das instâncias anteriores afirmaram que a reportagem só mostrou imagens originais de Aída uma vez, usando sempre de dramatizações. O foco foi, segundo o voto do ministro, no crime e não na vítima. Sendo assim, não se poderia falar em dano moral.</span></div>
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<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
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<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Salomão também afirmou que, se o tempo se encarregou de tirar o caso da memória do povo, também fez o trabalho de abrandar seus efeitos sobre a honra e a dignidade dos familiares. “No caso de familiares de vítimas de crimes passados, que só querem esquecer a dor pela qual passaram em determinado momento da vida, há uma infeliz constatação: na medida em que o tempo passa e vai se adquirindo um 'direito ao esquecimento', na contramão, a dor vai diminuindo, de modo que, relembrar o fato trágico da vida, a depender do tempo transcorrido, embora possa gerar desconforto, não causa o mesmo abalo de antes”, afirmou.</span></div>
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<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Clique <span class="Apple-style-span" style="color: black;"><a href="http://s.conjur.com.br/dl/direito-esquecimento-acordao-stj.pdf" target="_blank">aqui</a> para</span>para ler o acórdão o caso da Chacina da Candelária.</span></div>
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<div style="text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Clique <span class="Apple-style-span" style="color: black;"><a href="http://s.conjur.com.br/dl/direito-esquecimento-acordao-stj-aida.pdf" target="_blank">aqui</a> para</span>para ler o acórdão do caso Aída Curi.</span></div>
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<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Por Pedro Canário</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Fonte: ConJur
</span></div>
Bruno Azevedohttp://www.blogger.com/profile/17031419237830207454noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7886365662321466444.post-89692018043674590302013-05-23T17:29:00.000-07:002013-05-23T17:32:05.756-07:00As ideias de Luís Roberto Barroso, novo ministro do STF<div style="margin: 0px 0px 1em; padding: 0px; text-align: justify;">
<a href="http://4.bp.blogspot.com/-hn2MKwef1v4/UZ6zMa0_DOI/AAAAAAAAC40/rO9HuezqPWo/s1600/qualidade.png" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="100" src="http://4.bp.blogspot.com/-hn2MKwef1v4/UZ6zMa0_DOI/AAAAAAAAC40/rO9HuezqPWo/s200/qualidade.png" width="100" /></a><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><strong>Indicação de qualidade - UERJ</strong></span><br />
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Quando começou a estudar Direito Constitucional, o advogado Luís Roberto Barroso ouviu um conselho de seu pai: “Meu filho, você precisa parar com esse negócio de fumar, de ser Flamengo e o Direito Constitucional também não vai levá-lo a parte alguma. Estuda processo civil!”. Barroso só deixou de fumar. Continua flamenguista e, graças à paixão que nutre pelo Direito Constitucional, foi indicado pela presidente da República, Dilma Rousseff, para o cargo de ministro do Supremo Tribunal Federal.</span></div>
<div style="margin: 0px 0px 1em; padding: 0px; text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Há pelos menos dez anos o nome de Barroso é citado entre aqueles que têm o perfil adequado para assumir o cargo de ministro do Supremo. Não por acaso. Sua trajetória profissional se confunde com a própria consolidação do Direito Constitucional no país depois da promulgação da Constituição Federal de 1988.</span></div>
<div style="margin: 0px 0px 1em; padding: 0px; text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Nos últimos anos, como advogado, atuou na maioria dos casos paradigmáticos julgados pelo Supremo. Foi a partir de uma ação por ele elaborada, por exemplo, que a corte veio a editar a Súmula Vinculante 13, que veda o nepotismo nas três esferas de poderes da República.</span></div>
<div style="mrgin: 0px 0px 1em; padding: 0px; text-align: justify;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><span class="Apple-style-span" style="-webkit-composition-fill-color: rgba(175, 192, 227, 0.230469); -webkit-composition-frame-color: rgba(77, 128, 180, 0.230469); -webkit-tap-highlight-color: rgba(26, 26, 26, 0.292969); font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">A lista dos processos em que se sagrou vitorioso é longa. O reconhecimento do direito da gestante interromper a gravidez de fetos anencéfalos, a legitimidade de pesquisas com células-tronco embrionárias, o reconhecimento da união homoafetiva e a rejeição da extradição do ex-militante da esquerda italiana Cesare Battisti são alguns dos relevantes casos em que o advogado fez a diferença.</span></span></div>
<span style="font-family: Arial;"></span> </div>
<div style="margin: 0px 0px 1em; padding: 0px; text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">A demora a chegar ao cargo que ocupará depois de aprovado pelo Senado é difícil de ser explicada. Alguns a atribuem ao fato de o advogado nunca ter feito uma campanha ostensiva em busca da toga. “O cargo de ministro do Supremo não se pede, e não se rejeita”, dizia com frequência a interlocutores. Certa vez, foi cobrado por isso. “Professor, não precisa pedir, mas não custa ser um pouco pragmático, não?”, questionou um de seus torcedores. “Hoje, mais do que no início da carreira, quando a vida era mais difícil, posso escolher as causas nas quais atuo. Não pretendo mudar isso”, respondeu.</span></div>
<div style="margin: 0px 0px 1em; padding: 0px; text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">A indicação de Barroso foi </span><a href="http://www.conjur.com.br/2013-mai-23/ministros-stf-elogiam-escolha-luis-roberto-barroso-tribunal" target="_blank"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">comemorada pelos ministros</span></a><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"> do Supremo. Nas duas últimas disputas por vagas na corte, um ministro disse à revista Consultor Jurídico: “Se a caneta fosse nossa, o Luís Roberto já teria assento no tribunal”.</span></span></div>
<div style="margin: 0px 0px 1em; padding: 0px; text-align: justify;">
<a href="http://s.conjur.com.br/img/b/luis-roberto-barroso.png" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img alt="" border="0" class="direita" height="105" src="http://s.conjur.com.br/img/b/luis-roberto-barroso.png" style="display: inline; margin-top: 0px; text-align: right;" width="90" /></a><span class="Apple-style-span"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">O advogado escreveu, a pedido da revista ConJur, a retrospectiva do ano de 2012 sobre o Supremo Tribunal Federal. Nela, analisou o trabalho da Corte Suprema entre seus papéis contramajoritário e representativo — clique </span><a href="http://www.conjur.com.br/2013-jan-03/retrospectiva-2012-stf-entre-papeis-contramajoritario-representativo" target="_blank"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">aqui</span></a><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"> para ler. No artigo, Barroso destaca que é saudável que a Justiça seja permeável à opinião pública: “A permeabilidade do Judiciário à sociedade não é em si negativa. Pelo contrário. Não é ruim que os juízes, antes de decidirem, olhem pela janela de seus gabinetes e levem em conta a realidade e o sentimento social”.</span></span></div>
<div style="margin: 0px 0px 1em; padding: 0px; text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Mas isso não significa, segundo o professor, que o Judiciário seja pautado pela maioria. “O que não se poderia aceitar é a conversão do Judiciário em mais um canal da política majoritária, subserviente à opinião pública ou pautado pelas pressões da mídia. Ausente essa relação de subordinação, o alinhamento eventual com a vontade popular dominante é uma circunstância feliz e, em última instância, aumenta o capital político de que a corte dispõe para poder se impor, de forma contramajoritária, nos momentos em que isso seja necessário”, escreveu.</span></div>
<div style="margin: 0px 0px 1em; padding: 0px; text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Em seu mais recente livro, intitulado O Novo Direito Constitucional Brasileiro, Barroso </span><a href="http://www.conjur.com.br/2012-dez-06/barroso-explica-revolucao-direito-constitucional-livro" target="_blank"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">explica didaticamente</span></a><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"> o fenômeno da constitucionalização do Direito: os caminhos percorridos para que a Constituição se transformasse no ponto de partida para se olhar e interpretar todos os demais ramos do Direito. Da judicialização da vida e do ativismo judicial ao detalhamento excessivo da Constituição brasileira e a profusão de emendas que se seguiram à sua proclamação — são 71 emendas em 24 anos — nada escapa da análise do constitucionalista.</span></span></div>
<div style="margin: 0px 0px 1em; padding: 0px; text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">As ideias lançadas no livro são um aperfeiçoamento de estudos que o professor de Direito Constitucional da Universidade Federal do Rio de Janeiro faz há muitos anos. Em 2006, em </span><a href="http://www.conjur.com.br/2006-mai-14/judiciario_deixou_departamento_tecnico" target="_blank"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">entrevista</span></a><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">à ConJur, Barroso já afirmava que a Constituição havia se tornado “um documento excessivamente analítico, prolixo”. Mas que, segundo ele, é o que garante a estabilidade institucional ao Brasil em momentos de crise. Isso porque a partir dela a Justiça surgiu como uma novidade no jogo entre os poderes no Brasil. “Deixou de ser um departamento técnico especializado e passou a ocupar um espaço político onde ele disputa efetivamente com o Legislativo e com o Executivo”, afirmou.</span></span></div>
<div style="margin: 0px 0px 1em; padding: 0px; text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Em tempos de discussão sobre a tensão entre os poderes Judiciário e Legislativo, com um poder acusando o outro de tentar invadir suas atribuições, surgem interessantes análises do novo ministro do Supremo. Em </span><a href="http://www.conjur.com.br/2008-set-21/quando_legislativo_mal_judiciario_toma_conta" target="_blank"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">outra entrevista</span></a><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"> à ConJur, publicada em 2008, o advogado já falava sobre essa tensão. E apontava os motivos: “Há um déficit de legitimidade do processo político majoritário para atender algumas das grandes demandas da sociedade e, portanto, o Judiciário está suprindo este déficit”.</span></span></div>
<div style="margin: 0px 0px 1em; padding: 0px; text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">De qualquer maneira, para Luís Roberto Barroso é importante que o Legislativo reassuma seu papel no jogo institucional. “Não há democracia sem um Poder Legislativo atuante, dotado de credibilidade e com identificação com a sociedade civil. Portanto, eu não acho que a nossa postura deva ser de simples crítica ao Legislativo, mas sim de repensá-lo para recolocá-lo no centro da política. Quando vier a reforma política que nós precisamos, aumentando a representatividade do Parlamento, acredito que haverá tendência de redução da presença do Judiciário no espaço público. Esse movimento é pendular e se verifica em diferentes partes do mundo: quando a política tradicional vive um bom momento, o Judiciário se retrai; quando a política tradicional vive um mau momento, o Judiciário se expande. E, cá para nós, antes o Judiciário que as Forças Armadas”, disse na ocasião.</span></div>
<div style="margin: 0px 0px 1em; padding: 0px; text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Barroso é um profissional técnico. Gosta de trabalhar teses. Exatamente por isso a atuação no processo de extradição do ex-militante de esquerda italiano Cesare Battisti foi um ponto fora da curva em sua carreira. Quando ganhou a causa, o advogado não sabia sequer como proceder com o alvará de soltura. No dia 8 de junho de 2011, às 22h, na parte de trás do prédio que abriga o Plenário do Supremo, o advogado sacodia vagarosamente uma cópia do alvará de soltura de Cesare Battisti que lhe chegou às mãos, com um sorriso que não lhe cabia no rosto, e perguntava, para si mesmo, e para os advogados de sua equipe que o cercam: “E agora? Como se tira uma pessoa da cadeia?”.</span></div>
<div style="margin: 0px 0px 1em; padding: 0px; text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Ao </span><a href="http://www.conjur.com.br/2011-jun-10/barroso-advogado-garantiu-liberdade-cesare-battisti"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">conversar</span></a><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"> sobre o caso, o advogado admitiu que ficara ansioso como poucas vezes em que subiu à tribunal do STF. “Raramente me exalto e dificilmente fico nervoso. Este foi um dos poucos dias da minha vida que me senti como um corredor de Fórmula 1, que chega à última volta com chances de ganhar, mas morrendo de medo de bater. Era essa a sensação”, disse.</span></span></div>
<div style="margin: 0px 0px 1em; padding: 0px; text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">O advogado sempre esteve ligado à discussão de causas que envolvem Direitos Humanos. Há dois anos, como Visiting Scholar na Universidade de Harvard, Barroso escreveu sobre o princípio da dignidade da pessoa humana. No livro que nasceu do estudo, cujo título é A Dignidade da Pessoa Humana no Direito Constitucional Contemporâneo, o indicado por Dilma trata de dar conteúdo substantivo a um princípio que vem sendo usado cada vez com mais profusão, mas em grande parte das vezes de forma rarefeita. Não é à toa que ministros do Supremo já fizeram constar em seus votos que um princípio caro como este não pode se tornar uma panaceia para todos os males, sob pena de ser barateado e perder a importância.</span></div>
<div style="margin: 0px 0px 1em; padding: 0px; text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">A indicação de Luís Roberto Barroso para o Supremo premia mais do que uma trajetória profissional correta. Trata-se de uma importante vitória pessoal. No ano passado, o advogado descobriu um tumor no esôfago. Depois de dois meses de tratamento, o tumor havia desaparecido, como revelaram exames realizados no hospital Sírio-Libânes e no exterior. Não perdeu o bom humor diante do revés. “Não é a primeira causa difícil que pego”, disse ao saber do tumor. Ao final do tratamento, curado, ouviu dos médicos o que costuma ouvir dos colegas de profissão: “Vamos ter de aprender com seu caso”.</span><br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"></span><br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Por Rodrigo Haidar</span><br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Fonte: ConJur</span></div>
Bruno Azevedohttp://www.blogger.com/profile/17031419237830207454noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7886365662321466444.post-16170099793751980842013-05-18T09:18:00.003-07:002013-05-18T09:18:41.813-07:00Ex-detentos na Inglaterra serão monitorados por um ano<div style="text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><b>Acompanhamento virtual</b></span><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><b><a href="http://4.bp.blogspot.com/-9USy2dV6xVQ/SnYkrjGwJ1I/AAAAAAAAASI/IQXugr95-78/s1600/tornozeleira_eletronica_465%255B1%255D.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="100" src="http://4.bp.blogspot.com/-9USy2dV6xVQ/SnYkrjGwJ1I/AAAAAAAAASI/IQXugr95-78/s200/tornozeleira_eletronica_465%255B1%255D.jpg" width="135" /></a></b></span></div>
</div>
<div style="margin-bottom: 1em; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">O governo britânico anunciou a sua nova arma para conter a criminalidade no país. A partir de 2015, todo mundo que ficar preso, seja por um dia ou por 10 anos, terá de se submeter a um programa de reabilitação assim que deixar a cadeia. Atualmente, apenas os condenados por crimes graves passam por um período de liberdade condicional antes de, finalmente, encerrar sua prestação de contas com a Justiça.</span></div>
<div style="margin-bottom: 1em; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">O projeto de reforma prisional foi entregue ao Parlamento britânico no começo deste mês. A expectativa é de que as mudanças ajudem a combater a reincidência no crime, a grande líder da criminalidade no país. De acordo com dados do governo, metade dos presos na Inglaterra e no País de Gales comete outro crime em até um ano após deixar a cadeia. Esse número sobre para quase 60% se forem considerados só os crimes de baixo poder ofensivo, como furtos.</span></div>
<div style="margin-bottom: 1em; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Pela legislação atual, quem é punido com pena de até dois anos não tem qualquer acompanhamento depois que deixa a cadeia. O projeto de lei promete estender para esses presos também programa de reabilitação social com duração de um ano. A ideia é controlar todos os aspectos que envolvem a volta do preso à vida em sociedade, com auxílio para ele encontrar moradia, trabalho e se livrar das drogas, uma variante bastante comum nos presídios britânicos.</span></div>
<div style="margin-bottom: 1em; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Durante um ano, os egressos seriam monitorados com tornozeleiras eletrônicas e sua circulação ficaria restrita à área onde moram e são acompanhados. Aqueles com histórico de problemas com drogas seriam obrigados a se submeter a testes frequentes e teriam de prestar contas caso ficasse constatado o consumo de qualquer substância proibida. Todos teriam auxílio para voltar ao mercado de trabalho e ao convívio familiar. Em caso de descumprimento da condicional, correriam o risco de voltar para a cadeia com penas mais graves.</span></div>
<div style="margin-bottom: 1em; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">A proposta do governo é deixar esse programa de socialização a cargo da iniciativa privada. Entidades filantrópicas e empresas privadas de segurança ficariam encarregadas de monitorar 70% dos egressos do sistema prisional, que são aqueles que cometeram crimes menos graves. Elas receberiam recompensas financeiras de acordo com o resultado. Quer dizer, a empresa seria bonificada se ajudasse a diminuir a reincidência no crime na sua área. A cargo do governo continuariam os criminosos que representam mais risco para a sociedade e também os reincidentes que se negarem a cumprir as regras do programa de reabilitação.</span></div>
<div style="margin-bottom: 1em; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">“Essas mudanças são fundamentais para garantir que os criminosos sejam devidamente punidos, mas que também seja dado a eles suporte para deixar a criminalidade para sempre”, afirmou o secretário de Justiça britânico, Chris Grayling. Em comunicado enviado para a imprensa, Grayling observou que diminuir a reincidência no crime tem desafiado a Inglaterra por décadas e que hoje, ainda que sejam gastos 4 bilhões de libras (cerca de R$ 12 bilhões) por ano com o sistema prisional, essa reincidência não dá sinais de redução.</span></div>
<div style="margin-bottom: 1em; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Por Aline Pinheiro </span></div>
<div style="margin-bottom: 1em; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Fonte: ConJur</span></div>
Bruno Azevedohttp://www.blogger.com/profile/17031419237830207454noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7886365662321466444.post-43684025615987578092013-05-15T06:16:00.002-07:002013-05-15T06:17:47.371-07:00Tomate é uma fruta, mas juridicamente é um vegetal<div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none; text-align: justify;">
<div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none;">
<div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none;">
<div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none;">
<a href="http://4.bp.blogspot.com/-in1XRA3CFBc/UZOKYCFggCI/AAAAAAAAC4k/cUK9wYFazD0/s1600/TOMATE.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; cssfloat: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="90" pua="true" src="http://4.bp.blogspot.com/-in1XRA3CFBc/UZOKYCFggCI/AAAAAAAAC4k/cUK9wYFazD0/s200/TOMATE.jpg" width="125" /></a><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><b>Status jurídico</b></span></div>
</div>
</div>
</div>
<div style="text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"></span></div>
<div style="margin: 0px 0px 1em; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; text-align: justify;">
<div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none;">
<div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none;">
<div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none;">
<div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">A mais alta instância do Poder Judiciário de qualquer país tem a função institucional de servir como guardiã da Constituição da nação, entre outras nobres atribuições. Mas, às vezes, tem de se ocupar com questões, pode-se dizer, "menos nobres". Tais como o status jurídico dos produtos da horta. Na sexta-feira (10/5), uma decisão da Suprema Corte dos EUA, tomada há 120 anos, lembrou a comunidade jurídica americana desse detalhe: 10 de maio de 1893 foi o dia em que a Suprema Corte decidiu que tomate é um vegetal — e não fruta.</span></div>
</div>
</div>
</div>
</div>
<div style="margin: 0px 0px 1em; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; text-align: justify;">
<div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">A conclusão histórica, segundo Jeremy Byellin, autor do blog Legal Research da Thomson Reuters, é tão verdadeira hoje como há 120 anos: "A Suprema Corte está sempre certa, mesmo quando está redondamente errada". Esse é o resultado do poder que a nação confere à mais alta corte do país, ele afirma.</span></div>
</div>
<div style="margin: 0px 0px 1em; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Então está decidido que tomate é, para todos os fins jurídicos, um vegetal. Mesmo sendo inequivocamente uma fruta, como explicam os dicionários. Tomate é o fruto do tomateiro, botanicamente classificado como "Solanum Lycopersicum – Solanaceae)" — mais reconhecido popularmente como o pé de tomate. O tomate faz parte da família das berinjelas, pimentas e pimentões, entre outras frutas da horta — que, por sinal, não são do pomar.</span></div>
<div style="margin: 0px 0px 1em; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">"Dicionários não servem como provas", argumentaram os ministros da Suprema Corte, quando advogados declinaram os textos de dicionários prestigiosos, como Webster, Worcester e Imperial Dictionary. "Dicionários só são admitidos, não como provas, mas como uma ajuda para a memória e o entendimento da corte", eles alegaram. Isto é, servem como referência apenas.</span></div>
<div style="margin: 0px 0px 1em; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">O caso chegou à corte por causa de uma discussão sobre a incidência do imposto de importação sobre o tomate. Uma lei, que há época completava dez anos, impôs a cobrança do tributo, com a alíquota ad valorem de 10%, sobre a importação de vegetais. Isentou as frutas.</span></div>
<div style="margin: 0px 0px 1em; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Os importadores John Nix, John W. Nix, George W. Nix e Frank W. Nix moveram a ação contra a autoridade alfandegária — ação que foi denominada Nix versus Hedden — para recuperar tributos que foram obrigados a pagar na alfândega, porque o "cobrador de impostos" não sabia que tomate é uma fruta.</span></div>
<div style="margin: 0px 0px 1em; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Eles perderam a causa em instâncias inferiores e recorreram à Suprema Corte, alegando que o tomate, botanicamente falando, era uma fruta. Mas perderam. Para os ministros, bastava eles irem à cozinha para saber a diferença: tomate é servido junto com o prato principal; fruta é servida na sobremesa.</span></div>
<div style="margin: 0px 0px 1em; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Independentemente dos entendimentos dos botânicos e dos dicionários, as pessoas consomem o tomate como um vegetal, disseram os ministros — mesmo reconhecendo que o tomate era colhido em uma parreira. Além disso, o povo entende que o tomate, em seu significado comum, é um vegetal, afirmaram.</span></div>
<div style="margin: 0px 0px 1em; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Para que não houvesse mais dúvidas, a Suprema Corte estendeu sua decisão a pepinos, abóboras, berinjelas, pimentas, pimentões, ervilhas e feijões. "Botanicamente falando", nenhum deles é vegetal. A ervilha e o feijão, por sinal, são classificados como sementes.</span></div>
<div style="margin: 0px 0px 1em; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">No caso do feijão, que poderia ser estendido à ervilha, os ministros tinham em que se basear: um precedente da própria Suprema Corte. Em 1883 (dez anos antes, portanto) a Suprema Corte examinou o caso Robertson versus Salomon, em que a mesma lei de imposto sobre importação era a razão do litígio. Sementes também eram isentas do pagamento do tributo na alfândega.</span></div>
<div style="margin: 0px 0px 1em; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Não importa. Ninguém come uma semente com arroz. O feijão é produzido para servir de alimento — e não como semente para ser plantada. Assim, tomate é uma fruta, feijão é uma semente, para os botânicos, dicionários e quem quiser assim acreditar. Para todos os fins jurídicos, são vegetais, nos EUA, há mais de 120 anos.</span></div>
<div style="margin: 0px 0px 1em; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Por João Ozório de Melo </span><br />
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Fonte: ConJur </span></div>
Bruno Azevedohttp://www.blogger.com/profile/17031419237830207454noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7886365662321466444.post-35767722203379466652013-05-12T08:34:00.004-07:002013-05-12T08:34:59.109-07:00Agenda Cultural do TJPB terá lançamento de livro e homenagem à juíza Helena Alves<div style="text-align: justify;">
<a href="http://1.bp.blogspot.com/-qJFZ55gyevQ/UY-2XlwtWdI/AAAAAAAAC4U/gbEjQkSoi-I/s1600/livro.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="90" src="http://1.bp.blogspot.com/-qJFZ55gyevQ/UY-2XlwtWdI/AAAAAAAAC4U/gbEjQkSoi-I/s200/livro.jpg" width="130" /></a><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><strong>Saber jurídico</strong></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">O livro “Manual de Direito Processual Civil”, de autoria do juiz de Direito da 3ª Vara Cível da comarca de Campina Grande, Manuel Maria Antunes de Melo, será lançado na próxima quarta-feira (15), às 17:00h, no Salão Nobre do Tribunal de Justiça, em João Pessoa. O lançamento faz parte da programação da Agenda Cultural 2013 do Poder Judiciário, aberta no dia 17 de abril, com o lançamento da Revista do Foro.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"></span> </div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">A programação da Agenda Cultural referente ao mês de maio terá seguimento no dia 30, com a homenagem do Poder Judiciário à juíza Helena Alves – primeira mulher a ingressar na magistrada do Estado da Paraíba.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"></span> </div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Sobre o Manual de Direito, o autor da obra informou que o trabalho compreende todo o processo civil, numa linguagem clara e objetiva e será direcionado, especialmente, aos estudantes do curso de Direito. A obra será também dirigida às pessoas interessadas em realizar concurso público de nível superior. “É o resultado de um experiência tanto em sala de aula quanto na vivência diária de oito anos junto a 3ª Vara Cível”, ressaltou o magistrado.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"></span> </div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Manuel Antunes explicou que o Manual de Direito Processual Civil deverá contribuir, de forma significativa, para o estudo do processo civil, dando a efetividade e seguindo a visão da moderna processualística. O manual é um projeto da Editora “Edijur”, que tem como meta se manter no mercado, seguindo essa linha editorial.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"></span> </div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">O magistrado revelou que a renda obtida com a venda dos exemplares do Manual será revertida em favor de uma instituição filantrópica, que cuida de crianças que vivem em situação de risco e vítimas de maus tratos, em Campina Grande.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"></span> </div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><strong>Homenagem –</strong> Dando continuidade a programação Cultural 2013, o Poder Judiciário vai homenagear a juíza Helena Alves de Souza, em solenidade que acontecerá no dia 29 deste mês – Helena Alves é primeira mulher a assumir o cargo de magistrada no Estado.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"></span> </div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Helena Alves, que completou recentemente 90 anos de idade, ingressou no Judiciário da Paraíba em 1957, mas foi cassada pelo Regime Militar dez anos depois de tomar posse no cargo de Juíza. Após a anistia, ela decidiu se aposentar.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">A Primeira Seção Especializada Cível do Tribunal de Justiça da Paraíba aprovou, por unanimidade, no dia 20 de março, voto de aplauso à juíza Helena Alves. A iniciativa foi do desembargador Marcos Cavalcanti, presidente do colegiado. “ Helena Alves quebrou um paradigma ao adentrar numa área que era composta apenas por homens”, ressaltou o desembargador.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"></span> </div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Por Clélia Toscano</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Fonte: TJPB</span></div>
Bruno Azevedohttp://www.blogger.com/profile/17031419237830207454noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7886365662321466444.post-4185509584409807462013-04-27T05:50:00.002-07:002013-04-27T05:52:21.562-07:00Veja itens que devem ser analisados na reforma da LEP<a href="http://1.bp.blogspot.com/-5llMkeitkWk/UMOBVjZCK4I/AAAAAAAAC2E/MkAHbWjpeKA/s1600/grades.png" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="96" src="http://1.bp.blogspot.com/-5llMkeitkWk/UMOBVjZCK4I/AAAAAAAAC2E/MkAHbWjpeKA/s200/grades.png" width="135" /></a><br />
<div style="margin-bottom: 1em; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><b>Crime e castigo</b></span><br />
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Editada em 1984, a Lei de Execuções Penais (LEP) deve passar por reformas profundas em breve. O Senado Federal encomendou um anteprojeto a juristas e profissionais da área. A comissão responsável pelos estudos foi instalada no último dia 4 de abril, sob a presidência do ministro Sidnei Beneti, do Superior Tribunal de Justiça (STJ). Abaixo, alguns dos assuntos tratados pela LEP que devem ser discutidos pela comissão de juristas.</span></div>
<div style="margin-bottom: 1em; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="-webkit-composition-fill-color: rgba(175, 192, 227, 0.230469); -webkit-composition-frame-color: rgba(77, 128, 180, 0.230469); -webkit-tap-highlight-color: rgba(26, 26, 26, 0.296875);"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Súmulas</span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="-webkit-composition-fill-color: rgba(175, 192, 227, 0.230469); -webkit-composition-frame-color: rgba(77, 128, 180, 0.230469); -webkit-tap-highlight-color: rgba(26, 26, 26, 0.296875);"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Seis súmulas do STJ abordam diretamente a execução penal. A mais recente, de número 493, impede que seja aplicada como condição para o regime aberto uma situação já classificada pelo Código Penal como pena substitutiva autônoma. Para os ministros, exigir que o condenado prestasse serviços à comunidade para obter o regime aberto resultaria em dupla penalização.</span></span></div>
<span class="Apple-style-span" style="-webkit-composition-fill-color: rgba(175, 192, 227, 0.230469); -webkit-composition-frame-color: rgba(77, 128, 180, 0.230469); -webkit-tap-highlight-color: rgba(26, 26, 26, 0.296875); font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span>
<span class="Apple-style-span" style="-webkit-composition-fill-color: rgba(175, 192, 227, 0.230469); -webkit-composition-frame-color: rgba(77, 128, 180, 0.230469); -webkit-tap-highlight-color: rgba(26, 26, 26, 0.296875); font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Salto</span><br />
<div style="text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="-webkit-composition-fill-color: rgba(175, 192, 227, 0.230469); -webkit-composition-frame-color: rgba(77, 128, 180, 0.230469); -webkit-tap-highlight-color: rgba(26, 26, 26, 0.296875);"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Por outro lado, a Súmula 491 impede a progressão de regime “por salto”. Ou seja: é ilegal a progressão direta do regime fechado ao aberto. Em um dos precedentes considerados para edição do verbete (HC 191.223), o preso tinha o direito de passar ao regime semiaberto desde 2006, mas foi mantido em regime fechado até 2009 por falta de vagas em estabelecimento adequado ao regime mais brando.</span></span></div>
<br />
<div style="margin-bottom: 1em; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">O juiz da execução autorizou a progressão retroativa, em vista do atraso na implementação do benefício, contando o prazo como se o preso estivesse já no regime semiaberto desde 2006. Assim, antes mesmo de ser efetivamente transferido a esse regime, ele já deveria passar ao regime aberto. Para os ministros, no entanto, o entendimento contraria a LEP, que impõe que o preso cumpra um sexto da pena no regime fixado, antes de poder progredir.</span></div>
<div style="margin-bottom: 1em; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="-webkit-composition-fill-color: rgba(175, 192, 227, 0.230469); -webkit-composition-frame-color: rgba(77, 128, 180, 0.230469); -webkit-tap-highlight-color: rgba(26, 26, 26, 0.296875);"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Prisão domiciliar</span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="-webkit-composition-fill-color: rgba(175, 192, 227, 0.230469); -webkit-composition-frame-color: rgba(77, 128, 180, 0.230469); -webkit-tap-highlight-color: rgba(26, 26, 26, 0.296875);"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Mas se a progressão por salto é vedada, o STJ também não admite que o condenado cumpra pena em regime mais grave que o merecido. Assim, se não há vaga em estabelecimento adequado ao regime a que faz jus o preso, ele deve ser mantido em regime mais brando (HC 181.048).</span></span></div>
<br />
<div style="margin-bottom: 1em; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="-webkit-composition-fill-color: rgba(175, 192, 227, 0.230469); -webkit-composition-frame-color: rgba(77, 128, 180, 0.230469); -webkit-tap-highlight-color: rgba(26, 26, 26, 0.296875);"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Exame criminológico</span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="-webkit-composition-fill-color: rgba(175, 192, 227, 0.230469); -webkit-composition-frame-color: rgba(77, 128, 180, 0.230469); -webkit-tap-highlight-color: rgba(26, 26, 26, 0.296875);"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">O prazo é o requisito objetivo para a progressão. O requisito subjetivo está retratado na Súmula 439. O verbete autoriza exame criminológico como requisito para a progressão, desde que justificado em cada caso específico.</span></span></div>
<br />
<div style="margin-bottom: 1em; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Até 2003, a lei obrigava o exame em todos os casos. A nova redação exigiu “bom comportamento” e motivação da decisão pela progressão. Para o STJ, apesar de não ser mais obrigatório, o laudo pericial para aferir a adequação do preso à realidade do regime mais brando é um instrumento a serviço do juiz, quando este entenda necessário e fundamente sua opção (HC 105.337).</span></div>
<div style="margin-bottom: 1em; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="-webkit-composition-fill-color: rgba(175, 192, 227, 0.230469); -webkit-composition-frame-color: rgba(77, 128, 180, 0.230469); -webkit-tap-highlight-color: rgba(26, 26, 26, 0.296875);"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Saída temporária</span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="-webkit-composition-fill-color: rgba(175, 192, 227, 0.230469); -webkit-composition-frame-color: rgba(77, 128, 180, 0.230469); -webkit-tap-highlight-color: rgba(26, 26, 26, 0.296875);"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Já em 1992, o STJ editou também a Súmula 40, ainda aplicável. O verbete prevê que, para a obtenção dos benefícios da saída temporária e do trabalho externo, basta ao réu que esteja em regime semiaberto e tenha cumprido um sexto do total da pena, não necessariamente nesse regime.</span></span></div>
<br />
<div style="margin-bottom: 1em; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="-webkit-composition-fill-color: rgba(175, 192, 227, 0.230469); -webkit-composition-frame-color: rgba(77, 128, 180, 0.230469); -webkit-tap-highlight-color: rgba(26, 26, 26, 0.296875);"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Crimes hediondos</span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="-webkit-composition-fill-color: rgba(175, 192, 227, 0.230469); -webkit-composition-frame-color: rgba(77, 128, 180, 0.230469); -webkit-tap-highlight-color: rgba(26, 26, 26, 0.296875);"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">A Lei dos Crimes Hediondos, de 1990, originalmente impedia qualquer progressão de regime aos condenados pelas práticas nela listadas. Porém, o Supremo Tribunal Federal, acolhendo entendimento já manifestado pelo próprio STJ, entendeu que a lei era inconstitucional.</span></span></div>
<br />
<div style="margin-bottom: 1em; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">O Congresso editou nova lei em 2007, permitindo a progressão para tais crimes, mas com prazos maiores em cada regime do que os previstos na LEP. Para o Ministério Público, como a lei mais nova permitia a progressão antes vedada, ela era mais benéfica e deveria ser aplicada mesmo para crimes cometidos entre 1990 e 2007.</span></div>
<div style="margin-bottom: 1em; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Mas o STJ consagrou na Súmula 471 o entendimento de que a nova norma é mais prejudicial. No HC 83.799 — um dos precedentes que a embasaram —, os ministros esclareceram que, diante da inconstitucionalidade da Lei de Crimes Hediondos original, a única legislação aplicável naquele período seria a LEP.</span></div>
<div style="margin-bottom: 1em; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Assim, a nova lei, ao aumentar de um sexto para dois quintos (ou três quintos, no caso de reincidência) os prazos para progressão, é mais prejudicial ao condenado e inaplicável para os fatos anteriores à sua vigência.</span></div>
<div style="margin-bottom: 1em; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="-webkit-composition-fill-color: rgba(175, 192, 227, 0.230469); -webkit-composition-frame-color: rgba(77, 128, 180, 0.230469); -webkit-tap-highlight-color: rgba(26, 26, 26, 0.296875);"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Remição pelo estudo</span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="-webkit-composition-fill-color: rgba(175, 192, 227, 0.230469); -webkit-composition-frame-color: rgba(77, 128, 180, 0.230469); -webkit-tap-highlight-color: rgba(26, 26, 26, 0.296875);"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Em 2003, o STJ já reconhecia o direito do preso à remição de pena pelo estudo, incorporado à legislação em 2011. O entendimento foi fixado também na Súmula 371. Pela remição, o preso ganha um “desconto” no tempo da pena, de um dia a cada três de trabalho ou de estudo. Para o ministro Gilson Dipp, relator do Recurso Especial 445.942, que embasou o enunciado, o objetivo da LEP ao prever o desconto de pena pelo trabalho é incentivar o bom comportamento e a readaptação do preso ao convívio social.</span></span></div>
<br />
<div style="margin-bottom: 1em; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Assim, a interpretação extensiva da lei, para permitir igual desconto pelo estudo, atende a seus objetivos e dá aplicação correta ao instituto. “A educação formal é a mais eficaz forma de integração do indivíduo à sociedade”, afirmou o atual vice-presidente do STJ.</span></div>
<div style="margin-bottom: 1em; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="-webkit-composition-fill-color: rgba(175, 192, 227, 0.230469); -webkit-composition-frame-color: rgba(77, 128, 180, 0.230469); -webkit-tap-highlight-color: rgba(26, 26, 26, 0.296875);"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Falta grave</span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="-webkit-composition-fill-color: rgba(175, 192, 227, 0.230469); -webkit-composition-frame-color: rgba(77, 128, 180, 0.230469); -webkit-tap-highlight-color: rgba(26, 26, 26, 0.296875);"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Se o preso comete falta grave, no entanto, ele perde parte dos dias remidos. O STJ entende (REsp 1.238.189) que essa punição não ofende o direito adquirido, a coisa julgada ou a individualização da pena, já que a remição é um instituto passível de revogação. Atualmente, são faltas graves, por exemplo, fuga, rebelião e uso de celular.</span></span></div>
<br />
<div style="margin-bottom: 1em; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">O Tribunal também entende que a prática de falta grave implica interrupção (isto é, reinício da contagem) do prazo para progressão de regime, mas não para o livramento condicional e a comutação da pena (EREsp 1.197.895).</span></div>
<div style="margin-bottom: 1em; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="-webkit-composition-fill-color: rgba(175, 192, 227, 0.230469); -webkit-composition-frame-color: rgba(77, 128, 180, 0.230469); -webkit-tap-highlight-color: rgba(26, 26, 26, 0.296875);"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Regime aberto</span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="-webkit-composition-fill-color: rgba(175, 192, 227, 0.230469); -webkit-composition-frame-color: rgba(77, 128, 180, 0.230469); -webkit-tap-highlight-color: rgba(26, 26, 26, 0.296875);"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">O STJ rejeita, porém, a remição por estudo ou trabalho no regime aberto. É a situação retratada no REsp 1.223.281. Nesse caso, a Justiça do Rio Grande do Sul havia concedido o “desconto”, por entender que não havia impedimento legal para a medida. O ministro Og Fernandes reiterou a jurisprudência pacífica do STJ, afirmando que a lei prevê expressamente o benefício apenas para os regimes fechado e semiaberto.</span></span></div>
<br />
<div style="margin-bottom: 1em; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">O ministro Og Fernandes foi também o relator do Habeas Corpus 180.940, no qual se flexibilizou a LEP para permitir que fosse dado ao condenado um prazo razoável para buscar ocupação lícita.</span></div>
<div style="margin-bottom: 1em; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">O texto legal exige que a prova de disponibilidade de trabalho imediato seja feita antes da progressão ao regime aberto. Porém, o ministro considerou que a realidade é que pessoas com antecedentes criminais tenham maior dificuldade no mercado de trabalho formal, e observar a previsão literal da lei inviabilizaria a existência do benefício.</span></div>
<div style="margin-bottom: 1em; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="-webkit-composition-fill-color: rgba(175, 192, 227, 0.230469); -webkit-composition-frame-color: rgba(77, 128, 180, 0.230469); -webkit-tap-highlight-color: rgba(26, 26, 26, 0.296875);"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Indenizações</span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="-webkit-composition-fill-color: rgba(175, 192, 227, 0.230469); -webkit-composition-frame-color: rgba(77, 128, 180, 0.230469); -webkit-tap-highlight-color: rgba(26, 26, 26, 0.296875);"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Fora da esfera estritamente penal, o STJ também já decidiu sobre a responsabilidade do estado pela superlotação. Diversos processos trataram do dano moral sofrido pelo detento submetido a presídio com número de presos muito superior à lotação.</span></span></div>
<br />
<div style="margin-bottom: 1em; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Diante de posicionamentos diversos entre as Turmas do Tribunal, foi julgado um Embargo de Divergência sobre o tema. No EREsp 962.934, prevaleceu o entendimento de que a concessão de indenização individual ao submetido a superlotação ensejaria prejuízo à coletividade dos encarcerados, ao reduzir ainda mais os recursos disponíveis para investimentos públicos no setor.</span></div>
<div style="margin-bottom: 1em; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">A avaliação do ministro Herman Benjamin no REsp 962.934 foi confirmada pela 1ª Seção. Pela decisão, não faz sentido autorizar que o estado, em vez de garantir direitos inalienáveis e imprescritíveis titularizados pelos presos, pagasse àqueles que dispusessem de advogados uma espécie de “bolsa-masmorra” em troca da submissão diária e continuada a ofensas indesculpáveis.</span></div>
<div style="margin-bottom: 1em; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">A decisão não transitou em julgado. O processo encontra-se suspenso em vista da repercussão geral do tema, decretada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) no Recurso Extraordinário 580.252. Com informações da Assessoria de Imprensa do STJ.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Fonte: ConJur</span></div>
Bruno Azevedohttp://www.blogger.com/profile/17031419237830207454noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7886365662321466444.post-13570873247215900022013-04-24T10:43:00.002-07:002013-04-24T10:43:27.109-07:00Comissão aprova PEC que submete decisões do Supremo<div class="wysiwyg" style="text-align: justify;">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://1.bp.blogspot.com/-qpdpHwS6ZyI/UXgZa26eV6I/AAAAAAAAC30/QUVxRqRayOc/s1600/congress.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="100" src="http://1.bp.blogspot.com/-qpdpHwS6ZyI/UXgZa26eV6I/AAAAAAAAC30/QUVxRqRayOc/s320/congress.jpg" width="140" /></a></div>
<div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;">
<b> Moda preocupante</b></div>
<div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;">
A Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania
da Câmara dos Deputados (CCJ) aprovou a admissibilidade de uma Proposta
de Emenda à Constituição que muda as regras para declaração de
inconstitucionalidade de leis e submete as súmulas vinculantes editadas
pelo Supremo Tribunal Federal ao Congresso. A declaração de
admissibilidade não significa que a PEC será aprovada, apenas que a CCJ
entendeu que ela é constitucional. A proposta agora vai a Plenário.</div>
<div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;">
<br /></div>
<div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;">
O
primeiro ponto da PEC, de autoria do deputado federal Nazareno Fontes
(PT-PI), é a alteração do artigo 97 da Constituição Federal. O
dispositivo diz, hoje, que somente os órgãos especiais de tribunais, por
maioria absoluta, podem declarar a inconstitucionalidade de leis. No
caso do Supremo, só o Pleno pode fazê-lo. A ideia da PEC é mudar a
redação do artigo 97 e estabelecer que, para declarar uma lei
inconstitucional, deve estar configurada a maioria de quatro quintos.</div>
<div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;">
<br /></div>
<div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;">
Hoje,
para declarações de inconstitucionalidade, são necessários seis votos.
Com a PEC, seriam necessários nove votos. No caso do Tribunal de Justiça
de São Paulo, que tem 360 desembargadores e cujo Órgão Especial tem 25
membros, seriam necessários 20 votos para declarações de
inconstitucionalidade.</div>
<div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;">
<br /></div>
<div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;">
Mas a mudança mais sensível no caso das
inconstitucionalidades se refere às emendas constitucionais. A PEC
estabelece que as decisões definitivas de mérito proferidas pelo Supremo
em Ações Diretas de Inconstitucionalidade sobre emendas à Constituição
“deverão ser encaminhadas à apreciação do Congresso Nacional que,
manifestando-se contrariamente à decisão judicial, deverá submeter a
controvérsia à consulta popular”.</div>
<div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;">
<br /></div>
<div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;">
A alteração é um acréscimo ao
artigo 102 da Constituição. Hoje, o parágrafo 2º do artigo diz que as
decisões do Supremo em ADI ou em Ação Declaratória de
Constitucionalidade têm efeito vinculante e eficácia contra todos os
demais poderes da República. A PEC propõe que esse efeito se estenda às
Propostas de Emenda à Constituição.</div>
<div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;">
<br /></div>
<div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;">
Isso ocorre logo depois de o
STF declarar inconstitucionais diversos pontos da Emenda Constitucional
62, a chamada Emenda do Calote, que criou o regime especial para o
pagamento de precatórios. O Congresso não recebeu bem a notícia, e
entrou com recurso ao STF para que modulasse os efeitos da decisão. O
ministro Luiz Fux, relator, proferiu liminar e determinou que os
tribunais continuem pagando os precatórios da maneira que já vinham
fazendo até que o Supremo julgue o alcance de sua decisão — se tem
efeitos imediatos ou não.</div>
<div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;">
<br /></div>
<div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;">
<b>Hipertrofia</b><br />
Na justificativa da PEC, o deputado Nazareno Fontes explica que sua
motivação foi o “protagonismo alcançado pelo Poder Judiciário” e a
“judicialização das relações sociais e o ativismo judicial”.</div>
<div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;">
<br /></div>
<div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;">
O
ponto que mais o preocupa é o ativismo judicial. Ele afirma que, com
base nessa orientação doutrinária, os juízes, especialmente os ministros
do Supremo, “vão além do que o caso concreto exige, criando normas que
não passaram pelo escrutínio do legislador”. O deputado explica que esse
tem sido o modelo de interpretação constitucional brasileiro,
“considerado um dos mais abrangentes do mundo”.</div>
<div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;">
<br /></div>
<div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;">
Como exemplo
emblemático, Fontes cita a resolução do Tribunal Superior Eleitoral que
determinava a verticalização nacional das coligações partidárias. O
Congresso, insatisfeito com a medida, editou a Emenda Constitucional 52
para declarar a liberdade de os partidos se coligarem da maneira que
quisessem. Ambas as normas foram aprovadas a menos de um ano das
eleições, o Supremo afirmou que apenas as emendas constitucionais
precisam observar o princípio da anterioridade anual às eleições, o TSE,
não. “Esse caso é um verdadeiro paradigma do ativismo e da insegurança
jurídica fundamentados no poder regulamentar de que dispõe a Justiça
Eleitoral para tão somente administrar eleições”, escreveu Fontes.</div>
<div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;">
<br /></div>
<div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;">
O
deputado afirma que “há muito o STF deixou de ser um legislador
negativo [que só retira leis do ordenamento jurídico], e passou a ser um
legislador positivo [que cria normas]. E diga-se, sem legitimidade
eleitoral. O certo é que o Supremo vem se tornando um superlegislativo”.
Por isso, ele defende que é preciso “resgatar o valor da representação
política, da soberania popular e da dignidade da lei aprovada pelos
representantes legítimos do povo, ameaçadas pela postura ativista do
Judiciário”.</div>
<div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;">
<br /></div>
<div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;">
<b>Pela admissibilidade<br />
</b>O relator da proposta na CCJ, deputado federal João Campos
(PSDB-GO), concorda com a argumentação de Nazareno Fontes. Em seu
parecer, que saiu vencedor na CCJ, ele afirma que não há nenhuma
inconstitucionalidade na PEC nem violação ao princípio da separação de
poderes. E acrescenta que, "no mais, importa salientar que a quadra
atual é, sem dúvida, de exacerbado ativismo judicial da Constituição".</div>
<div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;">
<br /></div>
<div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;">
João Campos
afirma que o Congresso não pode "abdicar do zelo de preservar sua
competência legislativa". Portanto, criar regras para a aprovação de
súmulas e para as decisões de constitucionalidade torna essas forma de
controle constitucional "mais legítimas e equânimes".</div>
<div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;">
<br /></div>
<div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;">
"Previne-se,
assim, a hipertrofia dos poderes do Supremo Tribunal Federal, evitando
que atingissem, desmesuradamente, as instâncias que lhe são inferiores
e, no limite, o cidadão e as pessoas jurídicas", escreveu o relator.</div>
<div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;">
<br /></div>
<div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;">
<b>Súmulas vinculantes<br />
</b>Outra mudança trazida na PEC é a necessidade de aprovação pelo
Congresso Nacional para a edição de súmulas vinculantes. As súmulas são,
na definição do ministro Celso de Mello, “normas de decisão”, e não
decisões sobre normas. Ou seja, elas são aprovadas pelo STF, de ofício
ou por provocação, quando, depois de o tribunal já ter definido sua
interpretação a respeito de determinada matéria, pedidos semelhantes
continuam chegando à corte.</div>
<div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;">
<br /></div>
<div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;">
As súmulas vinculantes, portanto,
evitam a chegada desnecessária de recursos cujas teses já foram
pacificadas. E justamente por isso vinculam a interpretação do assunto
nas instâncias anteriores.</div>
<div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;">
<br /></div>
<div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;">
O que a PEC quer fazer é alterar a
redação do artigo 103-A da Constituição para submeter a edição dessas
súmulas à aprovação do Congresso. Se os parlamentares discordarem de seu
teor, levarão a questão à apreciação popular, assim como fará nas
questões constitucionais.ela proposta, o Congresso terá 90 dias para
discutir a súmula. Caso não o faça no prazo, o texto editado pelo STF é
aprovado tacitamente.</div>
<div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;">
<br /></div>
<div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;">
<b>Análise cautelosa</b><br />
Vale lembrar que a última súmula vinculante aprovada pelo Supremo foi a
de número 32, publicada no dia 16 de fevereiro de 2011: “O ICMS não
incide sobre alienação de salvados de sinistro pelas seguradoras”.</div>
<div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;">
<br /></div>
<div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;">
O
Supremo Tribunal Federal tem sido bastante cauteloso com a edição de
súmulas vinculantes, justamente porque elas têm o potencial de engessar o
trabalho dos tribunais e da primeira instância, esta mais próxima aos
fatos do que o STF.</div>
<div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;">
<br /></div>
<div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;">
Na cerimônia de lançamento do <b>Anuário da Justiça Brasil 2013</b>,
no dia 17 de abril, o ministro Celso de Mello reafirmou o cuidado.
Segundo ele, “talvez seja preciso refletir de maneira mais prudente
sobre as súmulas”. “A quantidade de Reclamações que recebemos a respeito
delas significa que são motivo de preocupação. Temos de avaliar com
prudência, porque as consequências são sérias. De nada adianta uma
súmula vinculante se o tribunal não torna efetivo o comando emergente”,
disse o decano do STF à revista <b>Consultor Jurídico</b>.</div>
<div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;">
<br /></div>
<div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;">
Por Pedro Canário</div>
<span style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;">Fonte: ConJur </span></div>
Bruno Azevedohttp://www.blogger.com/profile/17031419237830207454noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7886365662321466444.post-50884928037595394792013-04-22T13:54:00.002-07:002013-04-22T13:59:40.726-07:00Corregedoria recomenda aos juízes de execução penal da PB uniformização nos regimes prisionais<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://2.bp.blogspot.com/-_4OeugdqJhY/UUIMB1qozCI/AAAAAAAAC2c/Z6rOfHHJfYI/s1600/decis%25C3%25A3o.bmp" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="100" src="http://2.bp.blogspot.com/-_4OeugdqJhY/UUIMB1qozCI/AAAAAAAAC2c/Z6rOfHHJfYI/s320/decis%25C3%25A3o.bmp" width="130" /></a></div>
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><b>Buscando unidade</b></span></div>
<div style="border-bottom-width: 0px; border-color: initial; border-left-width: 0px; border-right-width: 0px; border-style: initial; border-top-width: 0px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; outline-color: initial; outline-style: initial; outline-width: 0px; padding-bottom: 20px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; position: relative; vertical-align: baseline;">
<div style="text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">A Corregedoria Geral do Tribunal de Justiça da Paraíba editou a Recomendação nº 01/2013 endereçada aos juízes com competências em execução penal, com o propósito de unificar as condições relacionadas aos regimes prisionais. Em seu primeiro artigo o texto sugere aos magistrados que os apenados em regime semi-aberto, na ausência de estabelecimento prisionais adequados, devem se recolher, diariamente, ao presídio ou cadeia pública às 19h, sem qualquer tolerância, podendo sair para o trabalho às 5h.</span></div>
</div>
<div style="border-bottom-width: 0px; border-color: initial; border-left-width: 0px; border-right-width: 0px; border-style: initial; border-top-width: 0px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; outline-color: initial; outline-style: initial; outline-width: 0px; padding-bottom: 20px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; position: relative; vertical-align: baseline;">
<div style="text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Já os apenados em regime aberto, conforme a recomendação, diante da inexistência de casa de albergado, devem se recolher às 13h do sábado, havendo liberação às 5h da segunda-feira. Em feriados nacionais, o recolhimento será sempre às 19h do dia anterior, com saída às 5h do dia posterior ao feriado.</span></div>
</div>
<div style="border-bottom-width: 0px; border-color: initial; border-left-width: 0px; border-right-width: 0px; border-style: initial; border-top-width: 0px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; outline-color: initial; outline-style: initial; outline-width: 0px; padding-bottom: 20px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; position: relative; vertical-align: baseline;">
<div style="text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">O juiz corregedor auxiliar, Rodrigo Marques Silva Lima, explicou que a iniciativa da Corregedoria do TJPB considerou diversidade de regramentos adotados por juízes de execução penal, no tocante aos horários de recolhimento e liberação de sentenciados nos respectivos regimes.</span></div>
</div>
<div style="border-bottom-width: 0px; border-color: initial; border-left-width: 0px; border-right-width: 0px; border-style: initial; border-top-width: 0px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; outline-color: initial; outline-style: initial; outline-width: 0px; padding-bottom: 20px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; position: relative; vertical-align: baseline;">
<div style="text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">“A recomendação surgiu depois de uma reunião com o corregedor-geral, desembargador Márcio Murilo da Cunha Ramos, e todos os juízes das varas de Execução Penal. Percebemos que existe uma variação nesses horários, decidimos por unificar o procedimento, como forma de evitar, por exemplo, o excesso nos pedidos de mudança de transferência de domicílio penal”, revelou Rodrigo Marques.</span></div>
</div>
<div style="border-bottom-width: 0px; border-color: initial; border-left-width: 0px; border-right-width: 0px; border-style: initial; border-top-width: 0px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; outline-color: initial; outline-style: initial; outline-width: 0px; padding-bottom: 20px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; position: relative; vertical-align: baseline;">
<div style="text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">O juiz disse, por outro lado, que a proposta da Corregedoria ainda levou em consideração a multiplicidade de regras relacionadas aos regimes prisionais, o que tem causado entre os apenados preferências por comarcas com condições mais brandas.</span></div>
</div>
<div style="border-bottom-width: 0px; border-color: initial; border-left-width: 0px; border-right-width: 0px; border-style: initial; border-top-width: 0px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; outline-color: initial; outline-style: initial; outline-width: 0px; padding-bottom: 20px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; position: relative; vertical-align: baseline;">
<div style="text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">A recomendação também estabelece que nos casos de regime fechado, semi-aberto e aberto não é permitido ao apenado ter sob sua guarda dinheiro, bebida alcoólica, aparelho celular, instrumentos capazes de produzir lesões físicas e aparelhos eletrônicos.</span></div>
</div>
<div style="border-bottom-width: 0px; border-color: initial; border-left-width: 0px; border-right-width: 0px; border-style: initial; border-top-width: 0px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; outline-color: initial; outline-style: initial; outline-width: 0px; padding-bottom: 20px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; position: relative; vertical-align: baseline;">
<div style="text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Por Fernando Patriota
</span></div>
Fonte: TJPB</div>
Bruno Azevedohttp://www.blogger.com/profile/17031419237830207454noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7886365662321466444.post-37852042056777437292013-04-10T07:00:00.000-07:002013-04-10T07:00:01.420-07:00Atenção da Suprema Corte à opinião pública é criticada<div style="text-align: justify;">
<strong><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Precedente perigoso</span></strong><strong><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"></span></strong><br />
<a href="http://4.bp.blogspot.com/-SrfbLLODWtM/UWHlPbMrNaI/AAAAAAAAC3Y/bhqbBfCEHCk/s1600/SUPREMA.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="90" src="http://4.bp.blogspot.com/-SrfbLLODWtM/UWHlPbMrNaI/AAAAAAAAC3Y/bhqbBfCEHCk/s200/SUPREMA.jpg" width="135" /></a><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">A manchete "Ministros dizem que e a hora é errada para decidir sobre o casamento gay", do jornal The New York Times, explicitou um grande incômodo que a comunidade jurídica dos Estados Unidos está sentindo desde o início do julgamento que vai discutir a constitucionalidade de uma lei da Califórnia e uma lei federal, ambas contrárias ao casamento entre pessoas do mesmo sexo. O problema é que a Suprema Corte pode estabelecer o precedente perigoso de que existe hora certa ou hora errada para decidir se uma lei é constitucional ou inconstitucional, diz a publicação.</span></div>
<div style="margin: 0px 0px 1em; padding: 0px; text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"></span><br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">A questão tomou importância depois do primeiro dia de audiências na Suprema Corte dos EUA. No primeiro momento, o clima foi de indecisão e alguns ministros indicaram que a corte poderia optar por </span><a href="http://www.conjur.com.br/2013-mar-27/suprema-corte-eua-dia-indecisoes-audiencia-uniao-gay"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">lavar as mãos</span></a><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">. Isto é, decidir não decidir nada, porque o casamento gay ainda é uma "novidade". Aliás, "mais nova do que telefones celulares e a Internet", como declarou o ministro Samuel Alito.</span></div>
<div style="margin: 0px 0px 1em; padding: 0px; text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Juristas do país, porém, de acordo com o jornal Times Dispatch, veem no julgamento indícios de que a Suprema Corte está se dobrando aos desejos da opinião pública. A função da Suprema Corte é decidir sobre a constitucionalidade das leis — no caso, se elas ferem ou não o direito dos homossexuais de igualdade perante a lei, um princípio consagrado pela 14ª Emenda da Constituição dos EUA — e não buscar inspiração na opinião pública. Isso é função do Legislativo. E esse é um conceito já estabelecido no país que, se contrariado, pode criar um "precedente perigoso" diz o jornal.</span></div>
<div style="margin: 0px 0px 1em; padding: 0px; text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">A indecisão dos ministros, baseada na "falta de informações consolidadas" sobre a questão do casamento gay causou estranheza nos meios jurídicos, mas, ao mesmo tempo, reforçou a tese de que juízes dos tribunais superiores devem ser indicados e não eleitos. Uma tese que, talvez, deveria ser estendida a juízes de todas as alçadas no país, porque juiz algum pode se ver na obrigação de agradar à opinião pública quando decide. Nem ser obrigado a aceitar recursos financeiros de empresas para financiar sua campanha eleitoral.</span></div>
<div style="margin: 0px 0px 1em; padding: 0px; text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Juízes ainda são eleitos em todas as alçadas nos estados americanos, mas isso contraria a opinião de grande parte da comunidade jurídica e a orientação deixada por Alexander Hamilton, um dos chamados "pais fundadores" dos Estados Unidos, que assinaram a Declaração da Independência e participaram da redação da Constituição dos EUA . Ele dizia que os "juízes devem ser apontados — e não eleitos — para um poder separado do governo, a fim de assegurar que suas decisões não representem os caprichos passageiros da opinião pública e para que representem nada mais do que a Constituição e as leis".</span></div>
<div style="margin: 0px 0px 1em; padding: 0px; text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Por João Ozório de Melo</span><br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Fonte: ConJur</span></div>
Bruno Azevedohttp://www.blogger.com/profile/17031419237830207454noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-7886365662321466444.post-10872005251334407422013-04-07T14:12:00.003-07:002013-04-07T14:26:42.273-07:00Aplicação da reincidência como agravante é constitucional<div style="text-align: justify;">
<a href="http://2.bp.blogspot.com/-Vj8Wv1ojd_E/UWHhGvQQdkI/AAAAAAAAC3Q/YKrQ08hDAmU/s1600/PRESO.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="90" src="http://2.bp.blogspot.com/-Vj8Wv1ojd_E/UWHhGvQQdkI/AAAAAAAAC3Q/YKrQ08hDAmU/s200/PRESO.jpg" width="130" /></a><b><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Perfil do condenado</span></b></div>
<div style="margin: 0px 0px 1em; padding: 0px; text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">O Supremo Tribunal Federal decidiu, nesta quinta-feira (4/4), que é constitucional considerar a reincidência no crime como agravante para aumentar a pena de novas condenações. A decisão foi tomada por unanimidade. No julgamento de um Recurso Extraordinário e quatro Habeas Corpus, os ministros rejeitaram o argumento de que, na prática, a reincidência caracterizaria uma punição dupla pelo mesmo ato.</span></div>
<div style="margin: 0px 0px 1em; padding: 0px; text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">No recurso, o condenado afirmou que, ao aplica o instituto da reincidência, “um mesmo fato é tomado em consideração duplamente, na medida em que o delito anterior produz efeito jurídico duas vezes”. Também argumentou que sua aplicação feria o princípio da individualização da pena ao levar em conta um delito anterior.</span></div>
<div style="margin: 0px 0px 1em; padding: 0px; text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Os oito ministros presentes à sessão — Celso de Mello e Teori Zavascki não estavam em Plenário — entenderam que não se pode tratar de forma igual um réu que comete crime pela primeira vez de outro, que volta a delinquir depois de já ter sido condenado outras vezes.</span></div>
<div style="margin: 0px 0px 1em; padding: 0px; text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Em seu </span><a href="http://s.conjur.com.br/dl/voto-ministro-marco-aurelio-re-453000.pdf"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">voto</span></a><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">, o relator do Recurso Extraordinário 453.000, ministro Marco Aurélio, ressaltou que a condenação não se torna uma marca eterna no condenado. Tanto que a agravante da reincidência não pode ser aplicada quando o cidadão passa cinco anos sem cometer nos crimes. O ministro lembrou que o artigo 64 do Código Penal “prevê a exclusão do instituto quando, entre a data do cumprimento ou da extinção da pena relativa a condenação anterior e a data da infração posterior, haja decorrido tempo superior a cinco anos”.</span></div>
<div style="margin: 0px 0px 1em; padding: 0px; text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">O ministro frisou que as repercussões legais da reincidência são múltiplas. Não ficam adstritas à questão do agravamento da pena. Entre os vários exemplos legais que consideram a reincidência para a dosimetria da pena, Marco Aurélio citou: “Assim é que, no tocante ao regime intermediário de cumprimento da pena, ou seja, o semiaberto, em face do balizamento de quatro a oito anos, não se pode favorecer o reincidente”.</span></div>
<div style="margin: 0px 0px 1em; padding: 0px; text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">O relator rechaçou o argumento de que a aplicação da reincidência contraria o princípio da individualização da pena. “Ao reverso, leva-se em conta, justamente, o perfil do condenado, o fato de haver claudicado novamente, distinguindo-o daqueles que cometem a primeira infração penal”, afirmou.</span></div>
<div style="margin: 0px 0px 1em; padding: 0px; text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Marco Aurélio concluiu o voto alertando para o fato de que não se pode, em nome de um exagerado garantismo penal, se desmontar o sistema penal brasileiro. “Surge constitucional o instituto — existente desde a época do Império — da reincidência, não se podendo, a partir da exacerbação do chamado garantismo penal, olvidar o sistema, desmantelando-o no ponto consagrador da cabível distinção, tratando-se desiguais de forma igual”, votou o ministro.</span></div>
<div style="margin: 0px 0px 1em; padding: 0px; text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Também por unanimidade, o Plenário aplicou à tese a repercussão geral reconhecida em outro Recurso Extraordinário, que ainda não foi julgado, mas trata da mesma matéria. Os ministros ainda decidiram que, fixada a tese, as decisões sobre o tema poderão, a partir de agora, ser tomadas monocraticamente pelos relatores dos processos. Neste ponto, o ministro Marco Aurélio ficou vencido.</span></div>
<div style="margin: 0px 0px 1em; padding: 0px; text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Discutiu-se, durante a sessão, a possibilidade de o Supremo editar uma súmula vinculante sobre o tema. O texto da súmula será proposto pelo ministro Marco Aurélio, relator do primeiro caso julgado nesta quinta-feira. Os outros quatro Habeas Corpus julgados no mesmo sentido foram de relatoria do ministro Gilmar Mendes.</span></div>
<div style="margin: 0px 0px 1em; padding: 0px; text-align: justify;">
<strong><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Lentidão judicial</span></strong><br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">No começo da sessão, o ministro Marco Aurélio voltou a criticar o entupimento da pauta do Plenário do Supremo. De acordo com ele, o processo em julgamento havia sido pautado pela primeira vez em 20 de março de 2009. “Voltou à pauta em 2 de abril de 2009, em 25 de junho de 2009 e, agora, por último, em 24 de maio de 2012. E está na pauta de hoje. Foi apregoado duas vezes, em março e em maio. E o presidente cancelou o pregão porquanto teria processo a versar matéria idêntica e estimaria trazer esse processo em conjunto. Acabou sendo alcançado pela expulsória e não trouxe o referido processo”, afirmou.
</span><br />
<br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Reportagem da revista Consultor Jurídico, publicada em agosto do ano passado,
revelou que, na época, aguardavam julgamento no tribunal 218
recursos em que foi reconhecida a repercussão geral da matéria
discutida. O efeito cascata disso é a falta de prestação de
justiça, como revelam números da própria corte. Por conta da
indecisão nas duas centenas de casos, havia, no mínimo, 260 mil
processos parados em tribunais e fóruns do país à espera da
definição do STF. Hoje, a estimativa é a de que haja mais de 500
mil recursos parados no país aguardando decisão do STF.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Na ocasião, o ministro Marco Aurélio revelou um levantamento segundo o qual o STF faz cerca de oito sessões plenárias por mês e que julga, em média, menos de dez processos. “Afastados agravinhos e embargos declaratórios, examinados de forma sumária, a média é de menos de dez processos”, disse.</span>
</div>
<br />
<div style="margin: 0px 0px 1em; padding: 0px; text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Sobre o atraso na análise de recursos com repercussão geral reconhecida, o ministro afirmou: “Tribunais estão alugando prédios para alocar processos que aguardam o crivo do Supremo por conta da repercussão geral. O Supremo está inviabilizado e mesmo assim atrai essa competência que não está prevista na Carta da República”.</span></div>
<div style="margin: 0px 0px 1em; padding: 0px; text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Há, hoje, mais de 700 processos liberados para julgamento em Plenário na pauta do Supremo. Destes, mais de 150 foram liberados por Marco Aurélio, entre recursos dos quais é relator e outros que devolveu após pedir vista dos autos.</span></div>
<div style="margin: 0px 0px 1em; padding: 0px; text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Clique </span><a href="http://s.conjur.com.br/dl/voto-ministro-marco-aurelio-re-453000.pdf"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">aqui</span></a><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"> para ler o voto do ministro Marco Aurélio no RE 453.000</span></div>
<div style="margin: 0px 0px 1em; padding: 0px; text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Por Rodrigo Haidar</span><br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Fonte: ConJur</span>
</div>
Bruno Azevedohttp://www.blogger.com/profile/17031419237830207454noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7886365662321466444.post-83465424453462754612013-04-03T06:10:00.000-07:002013-04-03T08:44:34.333-07:00ONU retrata horror em prisões do Brasil <div style="text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><b>Masmorras</b></span><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><b><a href="http://1.bp.blogspot.com/-NeeoApAy1gs/SvF-SuTvCqI/AAAAAAAAAiw/RUq98kIERxk/s1600/images%255B4%255D.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" src="http://1.bp.blogspot.com/-NeeoApAy1gs/SvF-SuTvCqI/AAAAAAAAAiw/RUq98kIERxk/s1600/images%255B4%255D.jpg" /></a></b></span></div>
<span class="Apple-style-span" style="-webkit-composition-fill-color: rgba(175, 192, 227, 0.230469); -webkit-composition-frame-color: rgba(77, 128, 180, 0.230469); -webkit-tap-highlight-color: rgba(26, 26, 26, 0.296875); font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Depois de visita inédita ao Brasil, para inspeção de dez dias em cinco capitais, uma comitiva da Organização das Nações Unidas (ONU) concluiu que há excessiva privação da liberdade no país, baixíssima aplicação de medidas alternativas à prisão e grave deficiência de defensores públicos para os detentos. O Grupo de Trabalho das Nações Unidas sobre Detenção Arbitrária esteve no Brasil pela primeira vez em 22 anos de existência e, no relatório com as conclusões preliminares, registra que o país tem uma das maiores populações carcerárias do mundo.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span"><br /><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"></span></span></div>
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<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Chamou a atenção do grupo a quantidade de detentos provisórios em presídios, delegacias, centros de detenção de imigrantes e manicômios judiciários: dentre os 550 mil detentos, 217 mil — quase 40% — aguardam uma decisão da Justiça, ou seja, não cumprem pena, mas prisões preventivas. Outros 192 mil mandados de prisão ainda precisam ser cumpridos, como consta no relatório.</span><br />
<span class="Apple-style-span"><br /><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"></span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">O grupo da ONU também analisou possibilidades de detenções arbitrárias fora do sistema prisional.</span></div>
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<div style="text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Os dois integrantes que estiveram no Brasil para as inspeções, entre os dias 18 e 28 deste mês, criticaram as iniciativas de internação compulsória de dependentes do crack. Para o chileno Roberto Garretón e o ucraniano Vladimir Tochilovsky, as internações à revelia do usuário e da família ferem leis internacionais e tratados de direitos humanos dos quais o Brasil é signatário.</span><br />
<br />
</div>
<div style="text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">O relatório preliminar do grupo da ONU, já encaminhado a integrantes do governo da presidente Dilma Rousseff, critica o "confinamento obrigatório de viciados em crack" em São Paulo e maioria de crianças e adolescentes entre os recolhidos das ruas do Rio de Janeiro para tratamento médico obrigatório. Integrantes do grupo dizem ter sido informados que uma verdadeira operação para "limpar" as ruas está em curso em razão da Copa do Mundo em 2014 e das Olimpíadas em 2016.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span"><br /><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"></span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">"Há informações de que agentes da polícia têm como alvo os usuários de drogas a fim de prendê-los e, muitas vezes, realizam prisões indiscriminadamente” cita o relatório. "O grupo de trabalho está seriamente preocupado com a informação de que essas medidas também são fortemente aplicadas devido a futuros grandes eventos, como a Copa e os Jogos Olímpicos que o Brasil sediará."</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span"><br /><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"></span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Os membros da equipe do Escritório das Nações Unidas para os Direitos Humanos em Genebra, na Suíça, estiveram em Brasília, Rio de Janeiro, São Paulo, Fortaleza e Campo Grande. Eles se reuniram com os ministros da Justiça, José Eduardo Cardozo;da Saúde, Alexandre Padi-lha; e outros integrantes do primeiro escalão do governo federal. O relatório final será apresentado ao Conselho de Direitos Humanos da ONU, em Genebra, em março de 2014.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span"><br /><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"></span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">— De acordo com as normas do Direito internacional, prisão é exceção, e não regra. A principal medida provisória no Brasil ainda é a prisão. Os juízes relutam em adotar medidas alternativas, pois não há mecanismos de controle dessas medidas — disse Tochilovsky.</span></div>
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<span class="Apple-style-span"><br /><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"></span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">A comitiva também averiguou a situação de pessoas com transtornos mentais mantidas presas em centros de detenção comuns ou em manicômios judiciários, realidade mostrada pelo GLOBO em série de reportagens publicada em fevereiro. Pelo menos 800 pessoas em cumprimento de medida de segurança, aplicada a acusados considerados inimputáveis em razão de quadros de loucura, estão em presídios comuns.</span></div>
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<span class="Apple-style-span"><br /><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"></span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Um hospital de custódia foi visitado em Fortaleza. Em São Paulo, o grupo da ONU esteve na Unidade Experimental de Saúde. O espaço abriga seis jovens que, na adolescência, cometeram crimes com grande repercussão. Depois de completarem 21 anos de idade, para não ganharem a liberdade, os jovens foram internados compulsoriamente na Unidade Experimental. A visita foi considerada como "uma das constatações mais graves" da comitiva. "O grupo está preocupado com a falta de base legal para a detenção destes indivíduos” cita o relatório preliminar.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span"><br /><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"></span></span></div>
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<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">O documento também aponta que muitos hospitais de custódia são utilizados para "deter viciados em drogas’! É o caso do Centro de Tratamento em Dependência Química Roberto Medeiros, no Rio, um espaço para tortura, como já constatou o Subcomitê de Prevenção da Tortura da ONU.</span></div>
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<span class="Apple-style-span"><br /><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"></span></span></div>
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<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">— São muitos os doentes mentais nessa condição, e não podemos visitar todos os presídios, todos os manicômios. Identificamos os lugares mais significativos, mais ilustrativos — afirmou Roberto Garretón.</span></div>
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<span class="Apple-style-span"><br /><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"></span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Entre as recomendações que o grupo pretende fazer ao governo brasileiro está a interrupção das internações compulsórias. A ONU também vai pedir a ampliação dos quadros de Defenso-ria Pública nos estados.</span></div>
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<span class="Apple-style-span"><br /><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"></span></span></div>
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<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Autor: Vinicius Sassine</span><span class="Apple-style-span"><br /></span></div>
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<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Fonte: CNJ/O GLOBO/ Blog u_InVerso do direito com fábio ataíde</span></div>
Bruno Azevedohttp://www.blogger.com/profile/17031419237830207454noreply@blogger.com0